O indiciamento do prefeito de Florianópolis Gean Loureiro na Operação Chabu da Polícia Federal provoca desgaste político. Essa é a primeira leitura, e óbvia, após o chefe do executivo municipal ser indiciado por crime de corrupção passiva, associação criminosa e por embaraçar investigação. A pergunta é: qual a dimensão deste desgaste para quem tentará a reeleição em 2020?
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Não há nenhuma dúvida de que o fato será explorado exaustivamente pelos candidatos de oposição. O cenário será o do prefeito mostrando o que fez, e da oposição questionando se Florianópolis quer um prefeito indiciado pela Polícia Federal. As manchetes do dia 18 de junho serão mostradas no horário eleitoral e em grupos de whatsApp. O fato do prefeito ter sido acordado 6h por agentes da PF e liberado da superintendência da PF somente à noite será, igualmente, explorado.
A pergunta é: o que o eleitor vai levar em consideração para escolher o seu candidato? Qual o peso, qual o valor que ele dá para o papel de prefeito como zelador ou síndico de uma cidade? Esse peso é superior ou inferior à percepção que ele tem de ética ou moralidade administrativa?
Caso o peso maior seja dado pela maioria do eleitor ao papel de zelador que o prefeito tem, Gean Loureiro chegará forte na disputa. A explicação é simples. Terá muita entrega para mostrar.
Caso o eleitor estabeleça o critério corrupção como determinante, isso será problema para o prefeito- mesmo sem, ainda, denúncia do Ministério Público, sem ser réu, condenado e todo o pacote completo que esse tema provoca de desgaste.
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O papel de zelador do prefeito ou a percepção de corrupção que o eleitor tem. Esse é o ponto que determina o tamanho do desgaste de Gean Loureiro nas eleições 2020.