Os proprietários de bares e restaurantes não aprovam o “passaporte de vacinação” anunciado pelo prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro, nesta segunda-feira (23). A entidade que congrega os empresários do setor, Abrasel, acredita que faltou diálogo, não há respaldo científico, irá reduzir o fluxo de turistas e agravar a crise.
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Confira o que disse à coluna o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-SC), Raphael DabDab:
“Me parece que ela (a medida) não foi devidamente analisada e não foi debatida com os envolvidos. No nosso entendimento, diferentemente da Europa e dos EUA, onde uma parcela significativa da população se nega a se vacinar, no Brasil são raros os casos, e nesta temporada de verão teremos praticamente 100% da população com a 1ª dose e boa parte da população com a 2ª dose, logo, essa medida não tem justificativa técnica.
Além disto, considerando que os turistas também frequentam postos de gasolina, supermercados, farmácias, e outras dezenas de estabelecimentos, caso essa medida se justificasse, não deveria ser exigida em todos os estabelecimentos comerciais a despeito do segmento ?
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Outro ponto que merece reflexão é, se essa medida, se implementada, apenas vai reduzir o fluxo de turistas, como ocorreu na temporada 2021 onde foram anunciadas as regras da permanência na praia e estadia em hotéis em dezembro, quando o turista já havia decidido por outro destino. Agravando ainda mais a crise no setor, que até o momento não contou com nenhum tipo de auxílio econômico da Prefeitura, que ainda cobra taxa de lixo e IPTU de empresas de eventos que estão impossibilitadas de funcionar devido aos protocolos desde março de 2020″, disse o empresário.
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