O jeito de ser do catarinense é conservador, valoriza o trabalho e a meritocracia. Esses traços do DNA do povo barriga verde foram confirmados na pesquisa da Critério Resultado em Opinião Pública, realizada pelo Instituto Pesquisas de Opinião (IPO).

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O estudo qualitativo e quantitativo “Catarinenses — Valores, hábitos e ideias”  percorreu 34 municípios de 7 regiões de Santa Catarina entre maio e junho. Mais de 600 pessoas foram entrevistadas presencialmente. 

Catarinense valoriza preservar as tradições

A pesquisa mapeou as três personas que melhor representam os catarinenses em relação ao seu futuro: o protetor, o viajante do amanhã e o visionário. 45,7% dos entrevistados apresentam as características do protetor, que possui um perfil conservador, focado em estabilidade e pertencimento e que possui como valores a proteção, as raízes e a tradição. O viajante do amanhã abrange 40% das pessoas que participaram da pesquisa e são inquietos, inovadores,  otimistas, guiados pela liberdade e olham o futuro como espaço de expansão. E os visionários, 14,3%, são os cidadãos conscientes, engajados e criativos, que buscam conectar inovação, propósito e transformação para gerar impacto social.

“O estudo revela o que há de tão especial neste estado que lidera os mais relevantes rankings: de produção industrial, de inovação, de emprego, de segurança pública, de qualidade de vida. A resposta está nos catarinenses. Santa Catarina é um fenômeno no Brasil e agora isso está registrado, quantificado e analisado cientificamente. Os dados mostram uma sociedade que valoriza vínculos, família, trabalho e tem um senso muito forte de propósito coletivo”, avalia Giuliano Thaddeu, sócio-diretor da Critério em Santa Catarina.

O catarinense vê o trabalho como motor do progresso: é um valor coletivo, transmitido socialmente, que passou a guiar decisões individuais. A fé no esforço individual, diz o estudo, se ancora em estruturas que deram certo: crescimento econômico, qualidade de vida, segurança, etc. Se consolida a crença de um povo que acredita no mérito pessoal. 

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Destacam- se, também, os índices de felicidade e satisfação de quem vive em Santa Catarina: 90,3% dos entrevistados se declaram felizes e 84,8% estão satisfeitos com a vida atual. Além disso, 93% dos catarinenses projetam um futuro melhor. 

Os resultados posicionam o estado na chamada “zona quente” — faixa de alta realização, felicidade e forte otimismo em relação ao futuro. A Região Serrana lidera esse sentimento, com impressionantes 95,4% de satisfação e 100% de otimismo. Já no Oeste, o clima “esfria” um pouco, com os menores índices nos três aspectos avaliados. Nas demais regiões, o Norte (90,6%), Vale do Itajaí (91,1%), Grande Florianópolis (89,2%) e Sul (89%) completam os índices de felicidade.

Dos ouvidos, 93,8% consideram importante manter vivas as tradições culturais de Santa Catarina. O documento aponta que os catarinenses acolhem os migrantes e valoriza quem mantém as tradições locais. 

Por fim, é sempre bom lembrar. O campo progressista pode até predominar em vozes articuladas e mobilizadas da academia,  na imprensa, na cultura e em departamentos de marketing das corporações e empresas. 

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Porém, o estudo qualitativo e quantitativo “Catarinenses — Valores, hábitos e ideias”  é irrefutável. E ele mostra a verdade, mostra um Estado como de fato ele é, em sua maioria.

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