Incompetência. Não há outra justificativa para explicar o atraso constatado nos municípios catarinenses em conseguir aplicar as vacinas já repassadas pelo Estado. Nas mais de 200 mil doses distribuídas às prefeituras, os números de quarta-feira (3) apontam que apenas 30 % foram aplicadas. Temos menos de 1% da população vacinada.

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“A situação é que 40% das doses recebidas para a 1ª dose estão paradas e não foram aplicadas. Isso é muito baixo. Nós podemos aplicar até 50% (porque são duas doses para atingir a imunidade). É vergonhoso que dado o cenário sanitário que estamos vivendo, nós temos doses disponíveis e não estamos conseguindo aplicar na população rapidamente, na população que tanto precisa. É uma responsabilidade coletiva. Os municípios ficam sabendo na véspera as doses que vão receber e também qual vai ser a vacina, com isso, dificulta o planejamento local, já que é dele a responsabilidade de fazer. Outra questão é que os municípios parecem não estar trabalhando com metas. Elas são necessárias para corrigir caminhos, rever metas e fazer as buscas ativas”, explicou o epidemiologista Antonio Fernando Boing ao Bom Dia Santa Catarina, da NSC TV.

Ele ressalta, ainda, que agora é o momento mais fácil da vacinação, pois o público alvo está no mesmo lugar: são profissionais de saúde e idosos institucionalizados.

Não dá para dizer que não houve tempo para se organizar.

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Em entrevista ao programa CBN Total desta quinta-feira (4), o presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), deputado Neodi Saretta, criticou o atraso.

“Tem prefeitura que está fechando posto de vacinação sábado e domingo. Tem outras que só abrem uma sala”, disse o parlamentar.

Acompanhe a entrevista com o presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), deputado Neodi Saretta:

A Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado disse que as vacinas foram distribuídas conforme a priorização estabelecida pelo Ministério da Saúde. Informou ainda que a proporção dos vacinados depende da capacidade dos serviços de saúde e do registro das informações.

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