A ponte prevista no novo projeto da duplicação da BR-280, em fase de contratação, não significa a reabertura do canal do Linguado: mesmo que a estrutura venha a ser construída, ainda serão necessárias outras etapas para a remoção do aterro, ainda que parcial, mas suficiente para permitir a volta da circulação das águas. O próprio Ministério Público Federal alegou, na recomendação de inclusão da ponte no novo projeto, que a eventual reabertura vai depender de licenciamento ambiental específico, sem vinculação com as licenças para a duplicação da BR-280. Na prática, a ponte, se sair do papel, deixa o Linguado preparado para futura reabertura, mas ainda não significa a retirada do aterro.
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Imagens do canal do Linguado
O MPF fez a recomendação de inclusão de ponte ao DNIT com base em estudo da Univali, que apontou a reabertura de 100 metros no aterro Sul como a opção mais adequada. O aterro marcou o fechamento do canal em 1935, impedindo a circulação das águas e provocando assoreamento. Com a ponte, o tráfego sobre o canal poderia acompanhar a duplicação, com mais faixas, evitando a formação de gargalo.
Nesse cenário, mesmo com a ponte, o canal seria mantido fechado, para a passagem da ferrovia. Mais adiante, com o licenciamento ambiental própria, o aterro seria removido em porção de 100 metros, com o tráfego dos trens passando para a ponte. Em qualquer cenário, são perspectivas para longo prazo: mesmo a construção da ponte não tem como ser licitada antes de 2028, afinal, o projeto que terá 19 meses para ficar pronto ainda está na fase inicial de licitação.















