A pavimentação comunitária de Joinville continua sem deslanchar. O principal instrumento para a cobertura de vias sem revestimento na cidade ganhou novas regras, com mais padronização e garantias, depois de mais de um ano paralisado. Ainda assim, a adesão continua baixa, em grande parte porque há necessidade de 100% dos moradores da rua ou do trecho aceitarem a modalidade. Apenas uma rua está em andamento no programa, conforme levantamento recente. A prefeitura está analisando o que pode ser feito para tornar a pavimentação comunitária mais atrativa. Na Câmara de Vereadores, a defesa é de flexibilização das regras ou adoção de subsídios.
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Joinville tem uma malha viária de 1,8 mil quilômetros, sendo 660 sem nenhum tipo de revestimento. Em março do ano passado, o prefeito Adriano Silva informou que o custo para pavimentar tudo que falta na cidade custaria R$ 1,7 bilhão. Com uma malha tão extensa, a prefeitura tem investido mais em recapes e, em menor escala, na pavimentação de ruas de saibro.
Só que as novas pavimentações são realizadas em vias de maior movimento, geralmente onde há equipamentos públicos (postos de saúde, escolas etc.). Nas ruas sem tráfego intenso, com extensão menor ou mesmo em aclives, a saída é a pavimentação comunitária. No modelo, a prefeitura faz as obras iniciais, como a base e a drenagem (em torno de 70% do custo da obra) e os moradores pagam pelo revestimento (lajota ou asfalto), nesse caso em negociação com a empreiteira contratada.
SOBRAS
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Para 2022, as expectativas para a pavimentação comunitária eram positivas. Os critérios passaram por revisão, uma forma de padronizar as obras. Uma das novas normas foi a garantia por até cinco anos. Também havia previsão de garantia de recursos. As sobras da Câmara, de mais de R$ 17 milhões, foram reservadas para as obras, e o governo Adriano Silva, se comprometeu em dobrar a quantia. Portanto, a pavimentação comunitária teria R$ 35 milhões para custear a parte da prefeitura em 2022. No atual ritmo, o programa ficará longe de utilizar a quantia.
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