A estadualização de trecho da BR-280 está entre os pedidos sobre a rodovia definidos em audiência pública realizada pela Assembleia Legislativa nesta sexta-feira, em Araquari. Ao DNIT, será solicitada a divisão em segmentos do lote 1 da duplicação (entre Araquari e São Francisco do Sul). A formação de um grupo de trabalho sobre a estrada, com participação de entidades empresariais e lideranças políticas, também foi acertada no evento. A audiência foi iniciativa da Frente Parlamentar da BR-280.
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O presidente da frente, deputado Maurício Peixer (PL), apontou a estadualização e concessão à iniciativa privada como forma de acelerar investimentos na duplicação no lote entre Araquari e São Francisco do Sul. A proposta foi apresentada também pelo deputado Matheus Cadorin (Novo). A BR-280 teve trecho estadualizado na década passada, em extensão de mais de 9 km entre Jaraguá do Sul e Guaramirim. O segmento foi duplicado pelo governo do Estado. A transferência ocorreu porque a rodovia terá novo traçado no local, com a construção de contorno de 24 km na região de Jaraguá do Sul.
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A concessão da BR-280 está nos planos do governo federal, com possibilidade de realização de leilão em 2026. O plano original era de conceder a estrada em conjunto com rodovias estaduais, como as SCs 108 (Rodovia do Arroz) e 418 (Serra Dona Francisca), mas o governo do Estado não concorda com a inclusão de vias estaduais e os projetos estão sendo refeitos.
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O foco da audiência foi o lote 1, com obras paradas desde o final de 2022 e ainda sem nenhum trecho duplicado. É o segmento de maior movimento da rodovia, com estimativa de 50 mil veículos por dia – é o único acesso rodoviário ao Porto de São Francisco do Sul. O DNIT pretende retomar as obras de forma parcial ainda em 2025. Mas para a conclusão do lote vai depender de novo projeto, ainda a ser contratado e com prazo de dois anos para ficar pronto.
Outra preocupação manifestada na audiência foi de que a solução para o canal do Linguado venha a ser incluída no novo projeto do lote 1: o temor é de que, dada a complexidade ambiental do tema, a duplicação demore ainda mais tempo. Por isso, será solicitado ao DNIT que a definição sobre o Linguado fique em um projeto específico. O contorno de São Francisco teria outro edital nessa proposta e o segmento de Araquari outra concorrência. O departamento está analisando a proposta de construção de ponte no local, com manutenção do aterro até que venha ser definida como será a reabertura.
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