A prefeitura de Joinville alega uma série de motivos para manter o valor da passagem dos ônibus na compra antecipada, modalidade usada por 95% dos passageiros. Desde um maior detalhamento das planilhas de custo até redução de custos das empresas por causa do corte de linhas, passando pela expectativa de maior demanda de usuários em 2022, a avaliação do município foi de que o valor de R$ 4,75 é adequado para a operação do sistema. O reajuste aplicado foi na passagem embarcada (comprada dentro do veículo), passando de R$ 4,90 para R$ 5 a partir da zero hora de 1º de janeiro de 2022. As empresas não se manifestaram sobre a decisão da prefeitura.
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O próprio prefeito Adriano Silva vinha abordando a possibilidade de reajuste da passagem pela inflação, ainda que sem especificar qual o período (o último aumento havia sido concedido em fevereiro do ano passado). A alegação era de elevação dos insumos do transporte coletivo como o diesel, por exemplo.
No entanto, o maior detalhamento das planilhas de custos do sistema, em especial sobre despesas administrativas, colaborou para manter o custo da passagem antecipada inalterada, conforme a prefeitura. As divergências sobre planilhas, especificamente sobre as despesas do sistema, já vinham aparecendo na discussão sobre o “subsídio” pago pela prefeitura às empresas pelos prejuízos do transporte coletivo com a pandemia. Na divulgação da definição sobre tarifa, na terça, a prefeitura relatou que as planilhas estão passando por perícia judicial.
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O fato de nem todas as linhas terem retornadas também influenciou na decisão. “Houve uma redução de linhas e essa redução tem que ser vista na tarifa”, afirmou o prefeito Adriano Silva em entrevista à Rádio CBN Joinville. Há ainda outra situação: caso o sistema passe a apresentar prejuízos, a prefeitura terá de cobrir as perdas por meio de subsídio.
PELA PLANILHA
Ao contrário de publicações feitas desde 2016 sobre reajuste da tarifa do ônibus, o decreto de manutenção do valor da passagem antecipada e do reajuste na embarcada, publicado na terça-feira, não menciona a ação judicial de 2015 apresentada pelas empresas de ônibus. Nessa ação, foi determinado que os reajustes da passagem acompanhem os valores indicados na planilha de custos. Seria uma forma de evitar que se forme dívida. A prefeitura entende que a decisão judicial está sendo cumprida porque a tarifa de R$ 4,75 atende à planilha de custos.
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