Em documento enviado ao governo estadual nesta terça-feira, a Secretaria de Saúde de Joinville solicita a revisão da matriz de risco para a Covid, atualizada semanalmente pelo Estado. O critério de ocupação de leitos é alvo de questionamento. A regional Nordeste, da qual Joinville faz parte, está em estado “gravíssimo”, assim como outras três regiões. As demais se dividem entre os riscos “grave” e “alto”.
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O ofício da secretaria municipal aponta disparidade de oferta em terapia intensiva em várias regiões do Estado, com parte das vagas ociosas em leitos exclusivos reservados para pacientes com coronavírus e ocupação máxima dos leitos de UTI para os demais atendimentos. A questão já abordada pela secretaria municipal em outros momentos.
“O município de Joinville, por sua vez, que apresenta alta procura por leitos de UTI, seja em razão da infecção pelo coronavírus ou por outras enfermidades, realiza a conversão dos leitos sempre que possível, de forma a viabilizar o atendimento da maior parte das demandas de saúde da população e para que seja evitada a manutenção de leitos ociosos”, aponta o documento enviado ao Estado.
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A alegação da secretaria de Joinville é de necessidade de revisão do critério dos leitos, um dos principais indicadores da matriz. Em resumo, o pedido é para que cidades que converteram leitos Covid para atendimento geral não sejam “penalizadas” na matriz – com número menor de vagas para coronavírus, ainda que a demanda esteja sendo atendida, a ocupação proporcional se mantém elevada, o que não permite recuo no indicador.
Em observação feita de outra forma, Joinville alega que não vai manter leitos ociosos para deixar o indicador da ocupação mais baixo. Agora, a Secretaria de Estado da Saúde vai analisar a solicitação. A revisão do critério dos leitos de UTI chegou a ser estudada para nova matriz, mas a eventual mudança ficou para outro momento.
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