Em resposta à recomendação da Defensoria Pública de Santa Catarina para suspender as atividades não essenciais por 14 dias, a Secretaria de Saúde de Joinville alega não existirem motivos para a tomada da medida neste momento. Uma das alegações é de que a matriz de avaliação de riscos não indica lockdown. Além disso, a média diária de novos casos de coronavírus caiu no último período avaliado, com comparação com as duas semanas anteriores. A secretaria, no entanto, alega que outras medidas podem ser tomadas em caso de novo agravamento. A Defensoria estuda agora se cabe ou não ação judicial.

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A recomendação da Defensoria Pública, sem citar a expressão lockdwn, mas abordando a suspensão de atividades não essenciais, foi enviada à prefeitura de Joinville na semana passada, após a regional Nordeste (da qual a cidade faz parte), ganhar status de “gravíssima” de risco para a pandemia, em avaliação mantida pelo governo do Estado. Na resposta, a secretaria cita também classificações de risco. Na matriz utilizada pelo município, em escala de zero a cinco, Joinville está com 3,8: o lockdown seria para a pontuação máxima. 

Mesmo a avaliação de risco monitorada pelo governo do Estado não indicaria lockdown, ainda que patamar “gravíssimo”. A recomendação seria de suspensão das atividades de maior risco de contágio, o que já está sendo feito por meio de decretos municipais e estaduais – como a suspensão do transporte coletivo e das aulas, por exemplo.

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NOVOS CASOS

A secretaria aponta queda no número de novos casos de coronavírus na semana entre 11 e 17 de julho, o que já seria reflexo de medidas tomadas pelo município. Mas os reflexos nas novas internações só irão ocorrer nas próximas semanas.

Em relação ao avanço das internações em julho, mais do que o triplo do verificado nos meses anteriores, seria impacto de infecções ocorridas ainda em junho. A situação é considerada “ainda grave”, por isso o monitoramento dos indicadores. A resposta da secretaria aponta as ações para a ampliação dos leitos de UTI.

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