A possibilidade de ampliação do número de vereadores em Joinville não tem nenhuma iniciativa formal, ainda que circule nos bastidores de tempos em tempos. A última iniciativa prática de criar mais vagas ocorreu no final de 2011, quando foi apresentado projeto de emenda à Lei Orgânica previa aumentar o número de cadeiras de 19 para 25. Com a resistência na cidade, principalmente de entidades empresariais, a proposta foi arquivada antes mesmo de ir a plenário. Desde então, nunca mais houve apresentação de projeto de mais vagas.
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A recente aprovação de mais vagas na Câmara dos Deputados não traz nenhum impacto às câmaras municipais, afinal, o número de cadeiras nos legislativos municipais é definida conforme a faixa do tamanho da população. Já no caso da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, há conexão com o tamanho da representação federal e o Estado poderá ganhar mais deputados estaduais.
Pelo tamanho da população, Joinville poderia ter até 27 vereadores (faixa entre 600 mil e 750 mil habitantes). Mas o número é um teto, não há obrigação legal de ser atingido, depende do definido pelos parlamentares. A cidade já chegou a contar com 21 vereadores, entre 1983 e 2003, mas houve redução nos anos 2000 após revisão nacional do entendimento do critério de proporcionalidade, por meio de decisão do STF. A cidade teve 18 vereadores na legislatura entre 2005 e 2008, passando para 19 no mandato seguinte, número mantido até hoje.
A maior dificuldade de quem defende mais vagas em Joinville é a condição de a mudança ter de ser feita por meio de emenda à Lei Orgânica: são necessários os votos de dois terços dos vereadores. Ou seja, pelo menos 13 votos em 19 possíveis. Não é um quórum fácil de alcançar e ninguém vai se arriscar a apresentar proposta de mais vagas sem garantia prévia de aprovação, como foi feito em 2011 por sete vereadores. É por isso que o projeto de mais cadeiras não voltou.
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Em um exemplo, na criação de vagas de assessores (mais um por gabinete, agora são nove) no final do ano passado, foram onze votos favoráveis – maioria bastava, não se tratava de mudança na Lei Orgânica. Mas a proposta só foi apresentada, assim como os projetos anteriores que já haviam criado mais uma vaga de assessores 9a oitava) e do aumento de salário de vereadores, porque havia certeza de aprovação.
Pelo menos, a manutenção das vagas tem sido lembrada pelos vereadores quando é apresentada medida impopular, como em 2023, quando entrou o projeto para aumentar os salários, a partir da atual legislatura: o anúncio da proposta dos subsídios maiores foi feita com a garantia de que não seriam criadas mais vagas.
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