O homem preso em flagrante por abandonar um cachorro de três meses no Aeroporto de Florianópolis foi impedido de embarcar no voo com o animal porque a caixa de transporte estava inadequada, de acordo com a Polícia Civil. Foi oferecida, ainda, uma remarcação gratuita do voo para que ele pudesse ajustar a caixa de transporte, mas ele recusou a proposta. As informações são do g1 SC.
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O caso aconteceu na quarta-feira (20). O delegado responsável pelo caso, Renan Scandolara, disse, nesta quinta-feira (21), que o homem confessou que era o tutor e que teria abandonado o cachorro no estacionamento do aeroporto, pois teria que viajar no mesmo dia.
O abandono do animal foi registrado por câmeras de segurança do estacionamento do aeroporto. Nas imagens, é possível ver o homem com uma caixa de transporte com o animal dentro, caminhando pelo local. Ele carrega, também, uma bolsa.
Depois, o vídeo flagra ele indo até a lateral de um carro estacionado, onde deixa a caixa e a bolsa no chão, e sai andando. Após o abandono, ele seguiu viagem para Brasília. Lá, ele foi detido por suspeita de maus-tratos por abandono, crime com pena de até 5 anos de reclusão.
De acordo com o delegado, o animal já foi adotado por um funcionário do aeroporto depois do abandono.
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A Zurich Airport Brasil, concessionária que administra o Aeroporto Internacional de Florianópolis informou, por nota, que ainda na quarta-feira (20), ao encontrar o cachorro abandonado no estacionamento, registrou um boletim de ocorrência na Delegacia da Polícia Civil. Disse, também, que o animal foi resgatado pela equipe de fauna do Floripa Airport e encaminhado à adoção.
Veja o vídeo do momento do abandono
Parâmetros exigidos nas caixas de transporte
Não há nenhuma caixa de transporte certificada, aprovada ou homologada pelo setor aéreo, mas existem parâmetros que devem ser observados nas caixas de cães e gatos, seguindo normas do manual IATA Live Animals Regulations.
O espaço deve ser grande o suficiente para que o animal consiga sentar, ficar ereto, se virar em um giro de 360 graus e deitar, além de ser ventilado e à prova de fuga, e não possuir objetos que possibilitem que o pet se machuque.
O tutor também precisa tirar acessórios, como coleiras e peitorais, para evitar acidentes. No momento do embarque, a caixa não deve conter fezes ou urina, e precisa estar limpa, com tapete ou manta absorvente.
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Se o transporte for em compartimento inferior, algumas regras precisam ser observadas, como o formato da caixa, o material que ele é feito, que precisa ser de fibra de vidro, metal ou plásticos rígidos.
*Com Sofia Pontes, do g1 SC
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