Uma morte durante confusão em um evento de natal acabou com o acusado do crime absolvido em Joinville após júri popular na terça-feira (5). Segundo a defesa, o réu, familiares e funcionários de um mercado foram atacados por cerca de 50 pessoas e ele teria reagido em legítima defesa.

Continua depois da publicidade

O caso aconteceu em no dia 25 de dezembro de 2019, por volta das 16 horas, em um mercado do bairro Jardim Iririú. Conforme a denúncia do Ministério Público, duas vítimas que foram baleadas acompanhavam diversas pessoas em uma carreata de natal. 

Em determinado momento, quando acabaram as guloseimas que estavam sendo distribuídas, os participantes da carreata realizaram uma arrecadação entre si e foram até um mercado próximo para adquirir mais doces. Diante da recusa do proprietário do estabelecimento em conceder um desconto começou uma confusão.

De acordo com o MP, um dos integrantes da passeata começou a insultar o dono do mercado, iniciou uma briga e ofensas mútuas entre os funcionários do estabelecimento e algumas pessoas que participavam da carreata.

Neste momento, quando buscava intervir na briga, o denunciado efetuou diversos disparos de arma de fogo em direção aos participantes do evento, atingindo as vítimas. Uma delas morreu por conta dos disparos que a atingiram.

Continua depois da publicidade

A defesa informou ao longo do processo que o réu agiu em legítima defesa própria e das demais pessoas como seus familiares e funcionários. Ressaltou que “o acusado não tentou em momento algum acertar alguém especificamente, nem tampouco teve qualquer vontade de matar aqueles que estavam lhe atacando. Sua reação, instintiva e justificada e moderada, fora no sentido de afastar o perigo que o cercava, quando mais de 50 pessoas o atacavam simultaneamente”. 

Acrescentou que a tese de legítima defesa, igualmente, se amparava nos laudos periciais. Alegou que o acusado utilizou de todos os meios necessários ao seu dispor para cessar a injusta agressão que havia se abatido sobre ele e seus funcionários, não havendo excessos e nem vontade de matar por sua parte.

Após manifestação de acusação e defesa durante um julgamento no Tribunal do Júri, os jurados preferiram absolver o réu. A acusação ainda poderá recorrer da decisão.

Leia também

Motorista vive momentos de tensão ao ser sequestrado em pequena cidade de SC

Venda de droga com “alto poder alucinógeno” por aplicativos é alvo de operação em SC

Ex-coordenadora de Infraestrutura é investigada por supostas irregularidades em obras de rodovias de SC


Continua depois da publicidade