Os astrônomos seguem estudando de maneira constante o 3I/Atlas, cometa interestelar descoberto em julho e que apresenta uma série de características e comportamentos incomuns. As observações se intensificaram nas últimas semanas, após passagem do astro pelo Sol e que gerou mais alguns eventos intrigantes. E foi esse monitoramento que levou os cientistas a descobrirem um outro corpo celeste passeando pela nossa vizinhança.

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A descoberta foi feita no dia 3 de novembro pelo astrônomo independente Genaddy Borisov, da Crimeia – o mesmo astrônomo que identificou o segundo cometa interestelar a passar pelo nosso Sistema Solar, em 2019.

O novo astro leva o nome provisório de C/2025 V1 Borisov. Ainda há dúvidas sobre a origem, a composição e até mesmo a categoria do objeto mas, a princípio, pode ser um novo cometa ou um pequeno asteroide.

Objeto desapareceu

O novo objeto descoberto por Borisov apareceu em algumas observações, mas desapareceu em sequência, o que dificulta a conclusão de análises e medições mais precisas, mas, a princípio, trata-se de um corpo celeste de pequenas dimensões.

Alguns astrônomos acreditam se tratar de uma espécie de asteroide que também veio de outro Sistema Solar, assim como o cometa 3I/Atlas, já que cálculos preliminares apontam para uma trajetória hiperbólica. Mas a falta de novas imagens impede que a trajetória do objeto descoberto por Borisov seja determinada de maneira mas efetiva.

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Outras teorias descartam a possibilidade de ser um astro interestelar, e dão conta de que se trata de uma rocha cometária, e que pode ter origens na Nuvem de Oort, espécie de “parede” do Sistema Solar e bilhões de quilômetros distante da Terra.

Não há relação com o 3I/Atlas

Logo após a divulgação da nova descoberta, diversas teorias foram criadas relacionando o novo corpo celeste ao 3I/Atlas, como se fosse um detrito ou então um pedaço do cometa interestelar que teria se partido ao passar pelo Sol. Mas os cientistas garantem que os astros não possuem qualquer tipo de ligação.

Outra teoria é de que o 3I/Atlas seria uma nave alienígena e o novo objeto identificado seria uma sonda pertencente a essa nave. Essa possibilidade também está completamente descartada, e os cientistas, inclusive, já rebateram versões parecidas anteriormente.

O 3I/Atlas segue na trajetória hiperbólica prevista pelos astrônomos após a passagem perto do Sol, apesar da variação de velocidade. No dia 19 de dezembro, o cometa deve ter a aproximação máxima com a Terra – cerca de 270 milhões de quilômetros. Em março, ele vai entrar na órbita de Júpiter, quando será estudado de forma aprofundada pela sonda Juno, da NASA.

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