Quatro senadores aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) visitaram o Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília (DF), nesta segunda-feira (17). A comitiva teria ido até o local para fazer uma “visita técnica” diante de uma possível prisão de Bolsonaro no complexo, segundo a senadora Damares Alves (Republicanos-DF). As informações são do g1.

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Além de Damares, presidente da Comissão de Direitos Humanos do Senado, também fizeram parte da comitiva os senadores Izalci (PL-DF), Márcio Bittar (PL-AC) e Eduardo Girão (Novo-CE).

De acordo com Damares, os senadores buscavam esclarecer dúvidas sobre o atendimento médico no local, por conta do quadro de saúde do ex-presidente. Entre os pontos levantados estão: em quanto tempo Bolsonaro receberia atendimento, caso passe mal em uma cela; qual a distância entre as celas e a unidade médica dentro do complexo prisional; e quanto tempo um carcereiro demoraria para acionar os médicos, em caso de necessidade.

— Viemos conhecer as instalações como um todo, não viemos ver uma cela específica […] A nossa maior preocupação é: Bolsonaro está muito doente, qual é o tempo entre o complexo e o primeiro hospital? O tempo de deslocamento seria suficiente? — declarou Damares em um vídeo nas redes sociais.

— Estivemos na ala dos idosos, encontramos idosos com 85 anos, doentes. Encontramos cenas muito tristes, vimos a questão da alimentação, da comida, e vamos entregar um relatório — completou.

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O ex-presidente Jair Bolsonaro foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos e 3 meses de prisão no inquérito da tentativa de golpe de Estado. No momento, o processo está na fase de recursos. Ainda não há uma definição sobre onde ele deve cumprir a pena.

A senadora Damares disse ainda à TV Globo que questionou a administração da Papuda sobre as condições de alimentação dos detentos. E que, a depender do quatro de Bolsonaro, poderia ser preciso que o atendimento médico chegasse em até 20 minutos.

A Secretaria de Administração Penitenciária do DF disse em nota que autoridades fizeram uma “visita institucional” ao Centro de Internamento e Reeducação (CIR), um dos prédios da Papuda. Porém, a pasta afirmou que não informa detalhes desse tipo de atividade por razões de segurança.

Visita a celas não foi liberada

O grupo de senadores ainda aguarda aval da Justiça para visitar as celas em que Bolsonaro pode ficar preso. Nesta segunda, a comitiva não visitou os espaços por falta de autorização. Damares enviou um requerimento ao governo do Distrito Federal no começo de novembro para acessar as celas e conferir a qualidade das instalações.

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Porém, a Secretaria de Administração Penitenciária do DF remeteu o ofício ao gabinete do ministro do STF Alexandre de Moraes, relator do inquérito do golpe de Estado. Moraes ainda não deu um parecer sobre o pedido.

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