O deputado Tiego Raimundo dos Santos Silva (MDB), conhecido como TH Joias, preso na última quarta-feira (3) pela Polícia Federal, mantinha amizade com o influenciador Hytalo Santos, preso no mês passado por exploração sexual de menores e tráfico de pessoas. De acordo com informações divulgadas pelo Fantástico neste domingo (7), a dupla costumava frequentar bailes no Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio de Janeiro, e trocava favores.
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Segundo as investigações, Hytalo pediu para que TH falasse com o traficante Gabriel Dias de Oliveira, o Índio do Lixão, também preso na última quarta-feira, para intimidar uma mulher que o criticara em uma rede social. O influenciador depois falou diretamente com o traficante.
Veja o diálago
Hytalo: Oi, amigo
Índio: Menina que está falando besteira de você aí, sei quem é. É lá de Caxias, de onde sou cria. TH me pediu para falar com ela.
Hytalo, então, manda a identificação da mulher, com nome completo e telefone, além do link do perfil do Instagram dela.
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Índio: Vou resolver agora. Amigo, eu resolvo tudo. Vou mandar agora minha equipe.
Para “resolver” a situação, Índio acionou um comparsa conhecido como Bola Bola:
Índio: Vai agora na direção dessa mina. Eu estou mandando ela apagar tudo. Agora, agora, é para apagar tudo. Se eu surtar, já sabe como eu sou… Vai até ela e me liga.
Entenda as acusações contra Hytalo Santos
Quem é TH Joiais?
Thiego Raimundo dos Santos Silva (MDB), conhecido TH Joias, foi alvo de duas operações na quarta-feira (3). O deputado do Estado do Rio do Janeiro, de 36 anos, é investigado por tráfico de drogas, corrupção, lavagem de dinheiro e por supostamente negociar armas com organizações criminosas. O político ficou famoso ao ver suas peças de ouro e diamantes usadas por jogadores como Neymar, Vini Jr. e Adriano Imperador, além da cantora Ludmilla.
O deputado nasceu no Morro do Fubá, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Ele herdou o ofício de joalheiro do pai e começou a vender joias aos 19 anos. O interesse pela política aconteceu ao conhecer o ex-policial Marcos Falcon, presidente da Portela, que disputava uma vaga como vereador na Câmara do Rio de Janeiro. Falcon foi assassinado dias antes da eleição de 2016.
Ele chegou a ser preso entre 2017 e 2018 por suspeita de pagar propina a policiais e vender drogas e armas. Ele ficou 10 meses na cadeia.
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Atualmente ele é presidente a Comissão de Defesa Civil da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro(Alerj), e responsável por coordenar ações de prevenção a desastres nas cidades do Rio de Janeiro.
*Com informações do O Globo e do g1.
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