Após não ser encontrado na própria residência em Brasília mais cedo pela Polícia Federal (PF), o ex-ministro da Justiça Anderson Torres foi levado nesta terça-feira para o 19º Batalhão da Polícia Militar, no Distrito Federal, que fica dentro do Complexo Penitenciário da Papuda. A unidade prisional é conhecida como “Papudinha”.
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Torres foi intimado da decisão sobre o trânsito em julgado do processo da trama golpista enquanto estava acompanhado do seu advogado, nesta terça-feira (25). Ele foi, então, escoltado ao Batalhão, segundo informações da defesa.
O Supremo Tribunal Federal (STF) entendeu, nesta terça, que não cabem mais recursos e determinou a execução das penas de Torres e de outros seis réus, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Delegado da PF de carreira, Torres foi condenado a 24 anos pela Primeira Turma do STF no dia 11 de setembro por uma tentativa de golpe de Estado que aconteceu no fim de 2022, após Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ganhar as eleições presidenciais.
No mesmo julgamento, o ex-presidente Jair Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão, pena que ele começa a cumprir a partir desta terça-feira. Os demais seis réus também foram considerados culpados e receberam penas entre dois e 26 anos de prisão.
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Conheça os réus do núcleo 1 da trama golpista
Torres foi sentenciado pelos crimes de organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição do estado democrático de direito, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.
A defesa do ex-ministro afirmou que vai apresentar, até a próxima semana, os embargos infringentes, tipo de recurso utilizado para reavaliar uma decisão não unânime. Contudo, adiantaram o pedido sobre o local de cumprimento da pena caso o relator, Alexandre de Moraes, decida autorizar o início do cumprimento da punição antes disso.
*Sob supervisão de Jean Laurindo
**Com informações do O Globo e Metrópoles







