Uma mulher foi condenada a mais de 19 anos de prisão nesta quinta-feira (11) em Criciúma, por mandar matar o marido em 2014. Segundo informações do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), o homem contratado para a executar a vítima também foi condenado, mas não compareceu ao julgamento e segue foragido.

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De acordo com o MP, a esposa de Reni Carlos, morto em 2014, deverá cumprir pena de 19 anos, sete meses e seis dias de reclusão em regime inicialmente fechado. O executor, que recebeu mandado de prisão por não comparecer ao julgamento, foi condenado a 16 anos, nove meses e 18 dias.

Relembre o caso

O crime aconteceu em 23 de fevereiro de 2014, quando a esposa da vítima descobriu uma traição e decidiu matar o marido. Um outro homem, que ainda será julgado, sugeriu o assassinato como forma de se livrar de uma dívida de R$ 100 mil que tinha com a vítima.

Ainda conforme a denúncia, a esposa teria aceitado a proposta do homem, que contratou um terceiro para executar o crime em troca de dinheiro. Segundo o MPSC, o autor disparou quatro vezes contra a vítima. Pela execução, o homem recebeu R$ 1.500, quantia paga pela esposa e pelo terceiro envolvido, que ainda será julgado.

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A esposa e o homem que realizou os disparos foram condenados por homicídio duplamente qualificado. A mulher, que aguardava o julgamento em liberdade, saiu da sessão presa. O executor, que não compareceu ao julgamento, está foragido e teve a prisão decretada. 

Inicialmente, os três réus seriam julgados na mesma sessão. Entretanto, na terça-feira (9), a defesa do homem que tinha a dívida com a vítima apresentou um atestado médico, impossibilitando sua presença. Segundo o MP, ” o processo foi, então, desmembrado, e o julgamento desse acusado será marcado para uma nova data”.

A participação dos três ficou comprovada por meio de depoimentos, mensagens e ligações trocadas entre eles, apresentadas pelo MPSC aos jurados. 

Mobilização da família e amigos 

Desde as primeiras horas desta quinta-feira (11), familiares e amigos de Reni acompanharam o julgamento em frente ao Fórum da Comarca de Criciúma com cartazes e camisetas.

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A irmã da vítima, Maria Inês de Marco, relatou ao MP a ausência que o irmão deixou.

— Ele era uma pessoa muito boa, comunicativa, um empresário de posses. Foi ao sítio para preparar um almoço e nunca mais voltou. Esses dez anos sem ele têm sido muito tristes. O que nós queremos é que seja feita justiça— afirmou Maria.

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