A terceira paralisação dos ônibus em menos de cinco dias em Florianópolis chegou ao fim por volta das 10h27min, informou a prefeitura da Capital. Com isso, os transportes públicos do Norte da cidade começara a sair da garagem. A previsão é de que até o final da manhã desta terça-feira (17) o transporte público volte a operar dentro da normalidade.

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Além do Norte, as linhas que operam no Leste de Florianópolis também foram afetadas. A prefeitura disponibilizou vans de apoio para a população. O transporte custa entre R$ 15 (linhas curtas) e R$ 20 (linhas longas).

Não há previsão de novas paralisações ao longo do dia. Ainda nesta terça-feira, os sindicatos que representam as duas categorias devem se reunir no Ministério Público do Trabalho (MPT).

Nova paralisação causou transtornos para moradores

O Terminal de Integração de Canavieiras (Tican), no Norte da Ilha, amanheceu sem ônibus circulando. Uma moradora da região chegou ao terminal antes das 6h e encontrou cones bloqueando a passagem de ônibus.

— Sem aviso prévio é difícil. Não conseguimos pegar uma carona, nos programar… Infelizmente, sempre somos pegos de surpresa — lamentou a mulher, que precisa pegar três transportes diariamente para chegar à escola onde trabalha, em São José.

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No Terminal de Integração do Centro (Ticen), a plataforma A também não tinha ônibus circulando.

— Não sabia que teria greve. Moro em Governador Celso Ramos, cheguei agora e trabalho na Lagoa — reclamou uma trabalhadora, que decidiu voltar para casa diante da impossibilidade de chegar ao trabalho.

Veja fotos da paralisação desta terça-feira

Entenda a greve

Na noite de segunda-feira (16), o Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros da Grande Florianópolis (SETUF) anunciou que retirou a proposta realizada na quarta-feira (11), em que previa o aumento de salário de 6%, com ganho real de 0,68%, do vale alimentação de 10%, com ganho real de 4,68%, e do bônus Dirigir Sozinho para 10%, com ganho real de 4,68%.

Além desses itens, as empresas também iriam atender a demanda de pagamento do vale alimentação até o primeiro sábado de cada mês, o pagamento integral dos exames toxicológicos, e a assunção do impacto do reajuste no plano de saúde até o limite de 10%.

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Com a retirada de validade da proposta, o SETUF volta a propor apenas o aumento pelo INPC — ou seja, reajuste de 5,42% no salário, 5,32% no vale alimentação, e 5,32% no bônus Dirigir Sozinho.

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