Florianópolis viveu uma manhã de caos, nesta terça-feira (17), com a terceira paralisação de ônibus em menos de cinco dias. As linhas mais afetadas foram as do Norte e Leste da Ilha, de acordo com a prefeitura. Os serviços na Capital retornaram por volta das 10h30min.
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O Terminal de Integração de Canavieiras (Tican), no Norte da Ilha, amanheceu sem ônibus circulando. Uma moradora da região chegou ao terminal antes das 6h e encontrou cones bloqueando a passagem de ônibus.
— Sem aviso prévio é difícil. Não conseguimos pegar uma carona, nos programar… Infelizmente, sempre somos pegos de surpresa — lamentou a mulher, que precisa pegar três transportes diariamente para chegar à escola onde trabalha, em São José.
Após manhã de caos, paralisação chega ao fim e ônibus voltam a funcionar em Florianópolis
No Terminal de Integração do Centro (Ticen), a plataforma A também não tinha ônibus circulando.
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— Não sabia que teria greve. Moro em Governador Celso Ramos, cheguei agora e trabalho na Lagoa — reclamou uma trabalhadora, que decidiu voltar para casa diante da impossibilidade de chegar ao trabalho.
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Transportes alternativos não são unanimidade
Alguns trabalhadores tiveram que recorrer ao transporte por aplicativo. No entanto, algumas pessoas relataram longas esperas e preços altos no serviço.
— R$ 75. Vou ter que pagar, não dá pra chegar atrasado — disse um trabalhador que precisava chegar do Tican ao Centro Tecnológico da UFSC.
A prefeitura disponibilizou vans de apoio para pessoas afetadas pela greve. O transporte custa entre R$ 15 (linhas curtas) e R$ 20 (linhas longas).
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— A van tá saindo muito caro. A gente ganha passe (de ônibus) e eles não aceitam passe, tem que ser Pix ou dinheiro. E aí no meio do mês já fica um pouco complicado… — lamentou uma trabalhadora, que aguardava ônibus nos Ingleses.
Entenda a greve
Na noite de segunda-feira, o Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros da Grande Florianópolis (SETUF) anunciou que retirou a proposta realizada na quarta-feira, em que previa o aumento de salário de 6%, com ganho real de 0,68%, do vale alimentação de 10%, com ganho real de 4,68%, e do bônus Dirigir Sozinho para 10%, com ganho real de 4,68%.
Além desses itens, as empresas também iriam atender a demanda de pagamento do vale alimentação até o primeiro sábado de cada mês, o pagamento integral dos exames toxicológicos, e a assunção do impacto do reajuste no plano de saúde até o limite de 10%.
Com a retirada de validade da proposta, o SETUF volta a propor apenas o aumento pelo INPC — ou seja, reajuste de 5,42% no salário, 5,32% no vale alimentação, e 5,32% no bônus Dirigir Sozinho.
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