A Serra catarinense é conhecida nacionalmente pelas paisagens brancas, tomadas pela neve, durante o inverno. Mas outro atrativo também tem gerado a curiosidade de turistas de várias partes do Brasil e do mundo: os vinhos. O sabor diferenciado, inclusive, conquistou a cantora Madonna, durante uma das suas turnês no país. 

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Em São Joaquim, a vitivinicultura – ligado a produção de vinhos – é uma das principais atividades econômicas da cidade. Ao todo, são 11 vinícolas espalhadas pela cidade, especializadas, principalmente na produção de bebidas finas. 

Entre os motivos que fazem os vinhos da Serra serem diferentes de safras de outros lugares do país é a altitude. 

— Nós estamos há quase 1,6 mil metro de altitude e isso dá um diferencial bem interessante nos nossos vinhos. Além disso, temos alguns rótulos que tem um longo período de guarda. Então são vinhos bem encorpados, com bastante estrutura — explica Bruno Maciel, guia da Villa Francioni, um das principais vínicolas da região. 

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Inaugurada em 2004, a vinícola conta com mais de 12 variedades de vinhos, produzidos a partir do cultivo de nove tipos de uvas tintas e três brancas. 

— As que mais se adaptaram [na região], atualmente, é a Carbenet Sauvignon e a Merlot. Mas tem a Sangiovese, que é uma variedade italiana, que também vem se destacando bastante — pontua Bruno. 

O vinho que conquistou a Madonna 

Atualmente, a Villa Francioni trabalha apenas com produção de vinhos para o mercado nacional. Ou seja, as garrafas fabricadas em São Joaquim não são exportadas para outros países. 

Mas, isso não impediu que a cantora Madonna se apaixonasse por um dos rótulos catarinenses. Isto porque, em 2009, durante uma das passagens da cantora pelo país, ela degustou o vinho Vinho Villa Francioni Rosé e ficou encantada pelo sabor. 

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— Ela provou ele no restaurante Fasano, em São Paulo. O sommelier de lá, que é amigo da família [dona da vinícola], ofereceu para ela que degustou. A Madonna gostou tanto que levou todas a garrafas do restaurante para casa. Isso gerou um marketing imenso. Até hoje as pessoas nos procuram para conhecer o vinho da Madonna — conta Bruno. 

Além disso, o vinho é um dos mais premiados da vinícola. Em 2019, por exemplo, ele foi eleito duas vezes como o melhor rosé do país. 

Cantora descobriu o vinho durante uma das passagens pelo Brasil
Cantora descobriu o vinho durante uma das passagens pelo Brasil (Foto: Tiago Ghizoni/DC)

Visitas o ano todo 

Apesar de ficar aberta o ano todo, a vinícola recebe o maior número de visitantes no inverno. A visita, com o tour pela fábrica e degustação dos vinhos, dura em média uma hora e custa R$ 70 por pessoa. 

— Nós recebemos visitantes o ano todo. No inverno, o pessoal procura mais, em busca do frio, da neve. Mas o interessante é que como a região está crescendo muito, com o aumento de vinícolas, até mesmo no verão nós estamos tendo boa procura — conclui Bruno. 

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O investimento na chamada “rota do vinho”, inclusive, é uma das apostas da prefeitura de São Joaquim para garantir a vinda dos turistas em outras épocas do ano. 

— Nós vemos que o turista que vem pro frio, conhece e volta. Então essa é uma questão, para que ele goste e volte também para outros períodos do ano — salienta a secretária de turismo da cidade, Adriana Cechinel Schlichting.

Altitude para o cultivo dos vinhos é um dos diferenciais
Altitude para o cultivo dos vinhos é um dos diferenciais (Foto: Tiago Ghizoni/DC)

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