O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comentou nesta quinta-feira (31) sobre a formalização da sobretaxa de 50% imposta pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. De acordo com o ministro, o governo pretende lançar, nos próximos dias, um plano de apoio a setores afetados, com foco na indústria, manutenção de empregos e no setor do agronegócio. Com informações do g1.

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— Nós vamos agora calibrar, justamente à luz do que foi anunciado ontem. Vamos fazer a calibragem para que isso possa acontecer o mais rápido possível. Os atos já estão sendo preparados — falou Haddad em entrevista à imprensa nesta quinta-feira.

Segundo o ministro, as medidas ainda estão sendo “calibradas” e o governo irá analisar “caso a caso”. Contudo, uma das propostas são linhas de crédito aos setores que tiverem suas vendas externas aos Estados Unidos sobretaxadas. 

O decreto assinado nesta quarta-feira (30) pelo presidente Donald Trump elevou para 50% a alíquota sobre produtos brasileiros, mas também trouxe uma lista de 700 exceções que beneficiam segmentos estratégicos como o aeronáutico, energético e parte do agronegócio. Setores como o de café, carne bovina e frutas devem sentir o impacto com força.

De acordo com Haddad, a formalização acabou sendo melhor do que esperado, representando um “melhor ponto de partida” para negociações que terão prosseguimento.

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— Estamos em um ponto de partida mais favorável do que se imaginava, mas longe do ponto de chegada. Há muita injustiça nas ações anunciadas ontem, há correções a serem feitas, há setores que foram afetados e não deveriam ser — declarou.

Tarifaço começa em 6 de agosto

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira a ordem executiva que oficializa a imposição de uma tarifa adicional de 40% sobre produtos brasileiros, elevando o total para 50%. O tarifaço, que inicialmente seria aplicado no dia 1° de agosto, começa a valer no dia 6.

A medida, agora oficializada, seria uma resposta a ações do governo brasileiro que, de acordo com a Casa Branca, representam uma ameaça “incomum e extraordinária” à segurança nacional, à política externa e à economia dos EUA.

A decisão de Trump declara uma nova emergência nacional com base na Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional de 1977 (IEEPA), além de trazer um novo momento de tensões diplomáticas entre os dois países.

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