As conclusões da autópsia no corpo de Juliana Marins, brasileira que morreu ao cair de uma trilha na Indonésia, foram divulgadas nesta sexta-feira (27) pelo médico-legista Ida Bagus Putu Alit, do Hospital Bali Mandara. No entanto, o horário da morte de Juliana ainda é um mistério, já que as autoridades locais estão divergindo sobre a informação. As informações são do g1.
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Primeiro, Alit disse que, de acordo com os cálculos feitos, Juliana “morreu na quarta-feira, 25 de junho, entre 1h e 13h (horário local)”. Porém, isso vai contra as declarações da agência de buscas e resgates da Indonésia, que disse que a brasileira foi encontrada morta na noite de terça-feira (24).
Ainda, a própria declaração de Alit diverge de outra fala dita no saguão do hospital de Bali. Lá, ele afirmou que a equipe estima que “a morte ocorreu de 12 a 24 horas antes da chegada ao hospital”, o que daria das 20h40 de terça às 8h40 de quarta.
Já à BBC, ele disse que a morte teria sido entre 1h e 13h de quarta-feira.
Cronologia dos fatos
Juliana teria caído da trilha às 4h de sábado (no horário da Indonésia), o que equivale às 17h de sexta no Brasil. Às 7h de sábado na Indonésia (20h de sexta no Brasil), Juliana foi filmada ainda com vida por um drone, operado por turistas. Ela mexia as mãos na filmagem.
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As buscas iniciam ainda no sábado na Indonésia, quando o Parque Nacional de Rinjani é informado de forma oficial sobre o acidente. Na segunda-feira, no horário de Lombok, Juliana foi localizada novamente mas, dessa vez, estava imóvel.
Foi na terça-feira, às 22h em Lombok (11h de terça-feira no Brasil), que a brasileira foi declarada como morta.
Trauma
Outro desencontro de informação foi uma afirmação de Alit em que ele dizia que Juliana não resistiu a um trauma depois de ter caído da trilha e que ela teria morrido em apenas 20 minutos. Segundo ele, a brasileira não morreu por hipotermia, já que não havia sinais de que isso teria acontecido.
— Por exemplo, havia um ferimento na cabeça, mas nenhum sinal de hérnia cerebral. A hérnia cerebral geralmente ocorre de várias horas a vários dias após o trauma. Da mesma forma, no tórax e no abdômen, houve sangramento significativo, mas nenhum órgão apresentou sinais de retração que indicassem sangramento lento. Isso sugere que a morte ocorreu logo após os ferimentos — explicou.
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Ainda não se sabe qual queda teria ocasionado a morte de Juliana, já que ela teria sido vista em três pontos diferentes: primeiro, horas após a queda, entre 150 e 200 metros de profundidade; depois, na segunda-feira, a 400 metros de profundidade, quando ela já estava imóvel; e a 600 metros, quando ela foi encontrada morta.
Relembre o caso
Juliana Marins caiu de um penhasco no sábado (21), enquanto fazia uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia. A morte foi confirmada na terça-feira (24), após quatro dias de buscas. A operação de resgate era considerada complexa, devido à neblina densa e ao terreno acidentado do local.
O corpo foi resgatado do penhasco na quarta-feira (25) e ainda está na Indonésia. Juliana será velada e sepultada em Niterói, em data ainda não marcada.
Juliana era formada em Publicidade e Propaganda pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e também atuava como dançarina de pole dance. Desde fevereiro, ela fazia um mochilão pela Ásia, tendo passado por Filipinas, Vietnã e Tailândia antes de chegar à Indonésia.
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