Moradores da Barra da Lagoa, em Florianópolis, encontraram uma baleia jubarte enrolada com redes de pesca e acionaram a Polícia Ambiental na tarde de sábado (22). Uma equipe especializada em encalhes e emalhes desses mamíferos foi até o local para monitorar o animal, mas não conseguiu tirar a rede do corpo dele.
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A R3 Animal fez a primeira avaliação e mobilizou outras instituições para o atendimento. No sábado (22) a equipe tirou fotos da baleia para avaliar a situação do enredamento. Foi confirmado que seria necessário intervir e tirar a rede do mamífero. Como estava anoitecendo, o resgate optou por não realizar a intervenção e esperar para o outro dia.
A equipe retornou no domingo (23) e buscas foram feitas entre a Barra da Lagoa e o Morro das Pedras, mas o animal enredado não foi encontrado. Durante o dia, outras 13 baleias jubarte foram avistadas na região em cinco grupos distintos.
A equipe que ajudou no atendimento reúne diferentes organizações e atua na Área de Proteção Ambiental da Baleia-Franca/ICMBio (APABF), mas também atende ocorrências que envolvem outros tipos de baleia.
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— Apesar de ser da baleia franca, a gente atua com outras baleias também. Nós somos capacitadas para isso. A ICMBio proporcionou um treinamento para que as pessoas da equipe aprendessem a lidar com encalhes e emalhes — explicou a diretora do Instituto Australis, Karina Groch.
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Ainda segundo a diretora, esse atendimento nunca foi feito em baleias franca adultas porque normalmente a rede se desprende sozinha, mas, de acordo com a avaliação da equipe, seria preciso tirar os equipamentos de pesca da baleia jubarte.
— A gente avaliou que seria necessário tirar a rede da baleia. Nós somos capacitados e temos os equipemantos, mas é um procedimento arriscado, tanto para a equipe, quanto para as baleias — afirmou Karina.

Baleia jubarte
Não é comum ter baleias jubarte no litoral catarinense, mas, em 2021, há diversos registros dessa espécie no Estado. A baleia jubarte já saiu da lista de espécies ameaçadas de extinção e agora com o aumento populacional está aparecendo com mais frequência em diferentes locais da costa brasileira.
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Protocolo de Encalhes e Emalhes da APA da Baleia Franca
A coordenação do Protocolo de Encalhes e Emalhes é formada pela APA da Baleia Franca/ICMBio, Instituto Australis, Associação R3 Animal, LabZoo/Universidade do Estado de Santa Catarina/UDESC, Museu de Zoologia Professora Morgana Cirimbelli Gaidzinski da UNESC, Corpo de Bombeiros, Capitania dos Portos e Policia Militar Ambiental que trabalham em parceria para o atendimento de encalhes e emalhes na região da APABF/ICMBio.
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