Um levantamento mostrou que os bens da Yeesco não seriam suficientes para pagar nem 1% da dívida da empresa com credores. A catarinense gigante do e-commerce teve a falência decretada em outubro, após vir à tona uma enxurrada de reclamações sobre pedidos não entregues a clientes em todo o Brasil.

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Segundo o Escritório Medeiros Administração Judicial, designado para cuidar do caso, o auto de arrecadação dos bens localizados, apresentado no mês passado, aponta cerca de R$ 650 mil em ativos das duas lojas físicas e veículos da Yeesco, com sede em Brusque, no Vale do Itajaí.

“Embora tenham sido apresentadas propostas para a aquisição de determinados bens, até o momento não houve homologação judicial das respectivas vendas”, informou o escritório.

A empresa tem uma dívida sujeita a recuperação judicial na casa dos R$ 73 milhões e vai desde fornecedores até valores trabalhistas. Isso sem contar os clientes que compraram pela internet e nunca receberam as mercadorias nem conseguiram o reembolso dos valores pagos. Ou seja, o total bem bens da Yeesco seriam capazes de pagar apenas 0,89% da dívida atual.

O valor final dos débitos tende a diminuir em caso de uma negociação. Para se ter uma ideia, para apenas uma dessas empresas, a Yeesco deve cerca de R$ 38,6 milhões.

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Conforme prevê a lei de falências, a prioridade nos pagamentos será para salários vencidos nos três meses anteriores à decretação da falência, limitados a cinco salários mínimos por trabalhador, que serão quitados tão logo haja disponibilidade de recursos.

“A Administração Judicial recebeu inúmeros pedidos de habilitação de crédito decorrentes de atrasos na entrega, não entrega ou devolução de produtos. Contudo, ainda não é possível estimar o passivo total da massa falida, uma vez que tais requerimentos encontram-se em fase de análise”, diz o escritório.

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