Um pequeno filhote de furão foi resgatado após ter sido encontrado com a família sendo atacada por cães em Jaraguá do Sul. Com poucos dias de vida, o filhotinho não pôde voltar à natureza e precisou de cuidados especiais. Sendo assim, o biólogo Christian Raboch Lempek acabou virando “pai” do furão e, agora, precisa até dar comida na “mamadeira” para o pequeno.
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Conforme Christian, o animal foi encontrado com os pais enquanto eram atacados por cães. Uma família conseguiu resgatar o filhote e, depois, os adultos fugiram. Por conta do contato com os humanos, não seria mais possível tentar encontrar o pai e a mãe do pequeno furão, explica o biólogo.
— Quando ele foi resgatado ainda era um neonato, bem pequeninho, de poucos dias de vida. E o que aconteceu? A gente não poderia devolver o animal para o local porque as pessoas já tinham pegado ele na mão, já tinham deixado o cheiro, a chance dos pais ignorarem e largarem o filhote era grande, então a gente teve que cuidar dele — cita.
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Além da mamadeira em formato de seringa, o biólogo precisa manter outros cuidados para deixar o filhote confortável e vivo. O pequeno furão precisa de aquecimento 24 horas porque ainda não produz o próprio calor.
— No caso, a gente está com um ambiente totalmente controlado, com temperatura de 30 a 32 graus o dia inteiro. Tem controle da umidade, alimentação a cada duas horas com leite especial e aí, o que ele toma, é bem pouquinho, não pode forçar também, tem o tempo dele. A cada duas horas depois de alimentar tem que às vezes estimular ele a defecar e urinar como se os pais estivessem fazendo isso — explica o biólogo.
Christian conta que, por enquanto, o furão vai continuar com ele até, pelo menos, ficar maior, conseguir se alimentar sozinho e produzir o próprio calor. Depois, ele será encaminhado para reabilitação.
Entretanto, o biólogo acredita que ele não poderá voltar para a natureza. Isso porque foi criado por humanos desde muito pequeno. Normalmente, os animais precisam dos pais para aprender a buscar a própria comida, saber o que é uma ameaça ou não, por exemplo.
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— Como a gente está alimentando ele, vai assimilar o ser humano como fonte de alimento. Se tu solta um bicho em meio à natureza, ele vai tentar talvez procurar um ser humano para procurar comida, como ele aprendeu sendo pequenininho. O que acontece é que muitas vezes o pessoal pode acabar matando ou pegando o animal — comenta.
O futuro do pequeno ainda é incerto, mas por conta do contato com o ser humano desde pequeno existe a possibilidade de ser encaminhado para um lugar que para ele será mais seguro, como um zoológico ou lugar semelhante, explica o biólogo. O importante é que, no momento, foi salvo, está sendo cuidado e alimentado.
Veja vídeo do biólogo com o filhote de furão de Jaraguá do Sul
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