Blocos de espuma foram encontrados flutuando no rio Guaxanduva, na zona Leste de Joinville, na manhã de quinta-feira (6). A Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente (Sama) investiga o caso para descobrir quem teria descartado o material e cometido o crime ambiental.
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Imagens mostram parte do material preso às margens do rio, enquanto outros boiavam pelas águas. Um vídeo (veja abaixo) mostra que parte das espumas foi recolhida por pescadores, enchendo uma embarcação inteira com o material.
O aposentado Airton Batista, 63 anos, mora há quase quatro décadas a poucos metros do rio. Ele já trabalhou como pescador e conta que em dias de chuva é comum pessoas descartarem lixo no Guaxanduva porque a correnteza aumenta e leva o material com mais facilidade.
– Já vi boiando até animal de pequeno porte, como porco. Além de resto de material de construção e muito lixo, como sacos amarrados que era só ter colocado na lixeira para a coleta buscar.
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O aposentado conta ainda que a situação do rio tem piorado com o passar dos anos. Na virada de 2020 para 2021, uma forte chuva fez com que as casas às margens do Guaxanduva fossem atingidas pela primeira vez pela enchente, de acordo com Airton.
– O lixo foi fechando as bocas de lobo e transbordou muito. Nunca tinha passado por problemas com enchente, mas tive um estrago muito forte aqui naquele ano.
Sama recebeu denúncia do possível autor
A Sama informou que foi até o local nesta quinta-feira e recebeu denúncias de que um estabelecimento comercial seria o possível autor do descarte do material. No entanto, não foi realizado o flagrante e nem possível coletar indícios sobre a origem da infração, por isso não houve notificação.
Segundo a prefeitura, os profissionais de fiscalização da SAMA continuam investigando a situação e a Polícia Civil também foi comunicada. A multa para crimes ambientais varia de 1 a 20 Unidades Padrão Municipal (UMPs) – de R$ 342,42 a R$ 6.848,40.
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