O Instituto Geral de Perícias (IGP) do Rio Grande do Sul concluiu que os alimentos e itens levados por Deise Moura dos Anjos para a sogra, Zeli dos Anjos, quando ela estava internada no hospital, não possuíam nenhuma quantidade de veneno. A nora foi presa por suspeita de envenenar com arsênio o bolo que matou três pessoas da família do marido e morreu nesta quinta-feira (13) na prisão. As informações são do g1.
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A polícia suspeitava que Deise havia feito outra tentativa de envenenamento quando Zeli estava internada no Hospital Nossa Senhora dos Navegantes, em Torres, após comer o bolo.
Os alimentos foram entregues pela família de Zeli à Polícia Civil. Além de um pastel de padaria, outros itens também foram coletados e investigados: quatro bombons, um chiclete, quatro barras de cereal, uma garrafa de suco de uva, um torrone, um biscoito de leite, além da garrafa do suco e do canudo. Todos deram resultado negativo para arsênio, segundo o IGP.
Nos resultados dos novos laudos, concluídos na última sexta (7) e divulgados nesta quarta-feira (12), também foi confirmada a presença de arsênio na urina do marido e do filho de Deise. Ainda não estão estão confirmadas as circunstâncias em que o arsênio foi adicionado ao suco e o motivo da tentativa de envenenamento.
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Relembre o caso
Maida Berenice Flores da Silva, de 58 anos, Tatiana Denize Silva dos Santos, de 43, e Neuza Denize da Silva dos Anjos, 65, morreram após ingerirem um bolo durante uma reunião familiar no dia 23 de dezembro. A suspeita é de que o arsênio comprado e usado por Deise tenha sido misturado à farinha.
A mulher também é suspeita pelo homicídio do sogro, Paulo Luiz dos Anjos, que morreu em setembro de 2024. O corpo dele foi exumado e, na análise, também foi encontrado arsênio. Deise tinha problemas com a sogra e chegou a ameaçar Zeli.
— Ela estava no dia 2 de setembro, quando ela fez o café com leite em pó e tudo mais, junto com seu marido, e também estava no local em que Zeli fez o bolo em Arroio do Sal. Ela também consumiu e foi para o hospital — diz o delegado responsável pelo caso, Marcos Veloso
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Na manhã desta quinta-feira (13), Deise foi encontrada morta na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Em nota, a Polícia Penal do Rio Grande do Sul divulgou que ela foi encontrada “sem sinais vitais” durante conferência matinal na penitenciária. Ela estava sozinha na cela. As circunstâncias serão apuradas pela Polícia Civil e pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP).
Defesa rebate
A defesa de Deise enviou uma nota ao g1 sobre o caso:
“As declarações divulgadas na coletiva de imprensa ainda não foram judicializadas no procedimento sobre o caso, assim a Defesa aguarda a integralidade dos documentos e provas para análise e manifestação.
A Defesa já realizou requerimentos e esclarecimentos no inquérito judicial, referentes aos andamentos da investigação, aguarda neste momento decisão judicial“.
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