A Serra catarinense abriga um dos maiores tesouros arqueológicos do país: as casas subterrâneas. Construídas há mais de mil anos pelos povos indígenas, como Kaingang e Xokleng, essas estruturas marcaram a história de São José do Cerrito, município que hoje ostenta o título de Capital Nacional das Casas Subterrâneas.
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À primeira vista, parecem simples depressões no solo. No entanto, são marcas de antigas habitações indígenas feitas com paredes de terra escavadas, cobertas por palha, e que serviam como abrigo artificial. Estruturas semelhantes às aldeias ainda existentes, mas com a peculiaridade de serem escavadas no solo.
Um dos principais sítios arqueológicos está localizado na comunidade de Rincão dos Albinos, onde escavações revelaram áreas representativas da ocupação indígena.
Veja fotos das casas subterrâneas
São José do Cerrito, inclusive, está entre os municípios com maior número de registros arqueológicos do país. Pesquisas conduzidas pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) e pelo Instituto Anchietano de Pesquisas apontam que os primeiros assentamentos subterrâneos surgiram entre os séculos VI e XVII.
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Atrativo turístico
Agora, além do valor histórico e cultural, a cidade se prepara para transformar essa herança em atrativo turístico.
De acordo com a Associação dos Municípios da Região Serrana (Amures), está em andamento o projeto para a construção do primeiro protótipo de uma casa subterrânea, que deverá servir como espaço de visitação e preservação da memória indígena.
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