Produtos suspeitos de serem “café fake”, também chamado de “cafake”, foram apreendidos pelo governo federal. O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) irá investigar os produtos coletados. Uma das fábricas está localizada em Santa Catarina.
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Além dos produtos para venda, a matéria-prima utilizada na produção do “café fake” também foi apreendida. Agora, o Mapa irá checar se os produtos são fraudes ou se eles se enquadram na legislação, na categoria de “preparados sólidos” ou na de “mistura para preparo de alimentos”.
Três estabelecimentos foram alvos da ação feita pelo Ministério da Agricultura e Pecuária depois de denúncias de fraude de café. As fábricas estão localizadas em Santa Catarina, Paraná e São Paulo, porém não foi divulgado quais marcas sofreram apreensão.
Os produtos apreendidos passam agora por análise e somente depois disso será possível afirmar se eles são uma fraude, afirma o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Dipov) do Ministério da Agricultura, Hugo Caruso.
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Os fiscais que foram até os estabelecimentos encontraram situações irregulares, como cascas, grãos defeituosos (quebrados, pretos e ardidos, por exemplo) e aromatizantes. Ainda, que na embalagem dos produtos comercializados constava a polpa do café como ingrediente, ela não foi encontrada nas fiscalizações.
A bebida precisa ser feita apenas do fruto para ser considerada café, sem outros materiais ou aditivos.
As empresas notificadas alegaram que na embalagem o produto é identificado como “pó sabor café”, e por isso eles não estariam enganando o consumidor. Ainda, elas afirmam que possuem autorização da vigilância sanitária.
O que é o ‘café fake’?
Com a alta no preço do café nas últimas semanas, o “pó sabor café” tem ganho força nos supermercados. A alternativa com preço mais em conta, porém menor qualidade, foi apelidada de “café fake”.
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Por tentar imitar embalagens de marcas famosas e ter a descrição do “pó para preparo de bebida sabor café” em letras pequenas na parte de baixo dos pacotes, o produto pode confundir consumidores. Ainda, é mais atrativo por conta do preço.
Segundo a Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic), um pacote de 500 g de uma marca de pó saborizado podia ser encontrado nos supermercados por R$ 13,99 em janeiro.
De acordo com a legislação brasileira, é permitido que o café possua até 1% de impurezas naturais da lavoura (como galhos, folhas e cascas) e matérias estranhas (por exemplo, pedras, areia, grãos ou sementes de outras espécies vegetais, como de erva daninhas).
Porém, é totalmente proibida a presença dos chamados elementos estranhos, que são grãos ou sementes de outros gêneros (como milho, trigo, cevada), corantes, açúcar, caramelo e borra de café solúvel ou de infusão.
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Em muitos casos dos produtos chamados de “café fake”, há a presença de aromatizantes, o que transforma o item em um ultraprocessado, diferente do pó de café que o brasileiro costuma consumir.
*Com informações de g1
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