A operação mais letal da história do Rio de Janeiro motivou uma reunião entre governadores, organizada por Cláudio Castro (PL-RJ). Realizada nesta quarta-feira (29), o encontro contou com a presença do governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL-SC), segundo apuração da GloboNews.

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A megaoperação teve como objetivo cumprir mandados de prisão contra integrantes de uma facção criminosa, sendo 30 deles fora do Rio de Janeiro, que estariam escondidos em favelas. A última atualização aponta que 81 pessoas foram presas e 75 fuzis, duas pistolas e nove motos foram apreendidos.

— Os governadores perceberam que a solução dos outros estados também passa pelo Rio de Janeiro. Estados que não sofrem hoje com problemas na segurança pública, vão sofrer em muito pouco tempo. […] Todos [os governadores] perceberam a importância de resolver o Rio de Janeiro e prestaram apoio. Também falei com prefeitos, outros governadores, todos parabenizando o estado pela coragem e pela operação — completou Castro.

Mais cedo, o governador Jorginho Mello prestou apoio a Cláudio Castro. Em publicação nas redes sociais, o catarinense se solidarizou com os agentes de seguranças mortos durante a operação. Além disso, disponibilizou apoio de Santa Catarina, “caso necessitem de reforços”.

Veja fotos da Megaoperação no Rio de Janeiro

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“Batalha política”

O governador do Rio de Janeiro também contestou qualquer acusação de polarização política neste momento, e pediu união do governo federal, além de financiamento e trabalho coletivo.

— O governador deste estado não vai ficar respondendo ministro, nem autoridade, nem ninguém que queira transformar esse momento numa batalha política […] Não vou cair na armadilha para polarizar ou politizar este momento — disse Castro.

Além disso, afirmou que “a vida vai voltar à normalidade” em breve.

Megaoperação no Rio de Janeiro

De acordo com números do Palácio Guanabara, esta é considerada a operação mais letal da história do Rio de Janeiro, com 64 mortes confirmadas, inicialmente — no entanto, apenas 58 mortes foram citadas por Castro nesta quarta. Ainda mais, moradores encontraram ao menos 65 corpos na manhã desta quarta-feira. Uma perícia irá confirmar se há relação com a operação de terça.

Entre os mortos estão quatro policiais civis, três policiais militares, dois homens apontados como traficantes vindos da Bahia e quatro moradores. Ainda, três inocentes foram atingidos: um homem em situação de rua, atingido nas costas por uma bala perdida ; uma mulher que estava em uma academia e também foi ferida, mas já recebeu alta; e um homem que estava num ferro-velho.

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A megaoperação teve como objetivo cumprir mandados de prisão contra integrantes de uma facção criminosa, sendo 30 deles fora do Rio de Janeiro, que estariam escondidos em favelas. A última atualização aponta que 81 pessoas foram presas e 75 fuzis, duas pistolas e nove motos foram apreendidos.

Promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ) e 2,5 mil policiais foram mobilizados para cumprir 100 mandados de prisão.

*Sob supervisão de Luana Amorim