Tyler Robinson, 22 anos, foi preso nesta sexta-feira (12) sob suspeita de assassinar o influenciador conservador americano Charlie Kirk, morto com um tiro no pescoço enquanto discursava na Universidade Utah Valley. O caso mobilizou agentes do FBI e policiais locais durante três dias de buscas. As informações são do g1.

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Robinson não tinha vínculo com a universidade onde ocorreu o crime. Segundo o governador do estado, Spencer Cox, o atirador esteve no campus dirigindo seu carro no dia da palestra de Kirk. Após efetuar os disparos, ele trocou de roupa e fugiu a pé.

Imagens divulgadas pela universidade mostram um homem pulando de um telhado e fugindo logo após os disparos. Segundo o New York Times, Robinson foi encontrado a 400 quilômetros do local do crime.

De acordo com o diretor-geral do FBI, Kash Patel, na manhã desta sexta (11) policiais interrogaram o suspeito e seguem em investigações para confirmar que ele é o assassino de Kirk. O diretor disse também que policiais já encontraram indícios “físicos” que comprovam que a autoria do crime é do suspeito preso, e que ele deve ser indiciado ainda nesta sexta.

Familiares e amigos tiveram papel central na captura. O suspeito chegou a confessar o crime a pessoas próximas, que acionaram a família. O próprio pai teria convencido o jovem a se apresentar à polícia, após receber a denúncia de um pastor que também é policial, conforme informou Trump.

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O governador de Utah, Spencer Cox, fez uma declaração e reforçou um agradecimento à família do suspeito: “queria agradecer à família de Tyler Robinson. Vocês fizeram a coisa certa”.

Relatos de parentes apontam que Robinson havia radicalizado seu discurso político nos últimos anos. Dias antes do crime, de acordo com os amigos do suspeito, Robinson havia relatado a eles que Charlie Kirk estaria em Utah para uma palestra a jovens universitários e disse não gostar do ativista. Ele, depois, confessou o crime a pessoas próximas, ainda segundo a polícia.

Nas redes sociais, investigadores encontraram mensagens em que Robinson falava sobre fuzis e munições. Um estojo de bala encontrada com a arma usada no crime tinha a frase: “Ei, fascista, pegue isso!”. Segundo o governador de Utah, outras duas frases foram encontradas em uma munição não disparada: “Se você está lendo isso, você é gay” e “Bella Ciao”, frase presente em uma canção italiana antifascista.

Veja fotos do caso

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O que se sabe sobre o caso

O tiroteio aconteceu na Universidade de Utah Valley na quarta-feira (10), enquanto Charlie Kirk discursava para uma multidão. Ele foi atingido no pescoço e passou por uma cirurgia. A confirmação da morte foi feita pelo presidente dos EUA, Donald Trump.

A captura ocorre no 3º dia de buscas pelo atirador, que mobilizaram policiais locais e o FBI. Na noite de quinta-feira (11), imagens da universidade registraram o momento em que um homem pula de um telhado e corre logo após o crime. Segundo o FBI, um fuzil foi encontrado pelos policiais na manhã de quinta, em um bosque perto da universidade.

Mais cedo, Trump comentou a prisão e defendeu a aplicação da pena de morte no caso.

— Espero que se aplique a pena de morte. Eles têm pena de morte no Utah — disse o republicano.

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