Uma jararacuçu foi flagrada por moradores do bairro Iririú, na zona Leste de Joinville, na tarde desta quarta-feira (18). A cobra venenosa da espécie Bothrops jararacussu é comum na região, mas ainda coloca medo na população com seu tamanho robusto, que pode chegar a mais de dois metros de comprimento.

Continua depois da publicidade

A serpente invadiu um terreno na rua Tangara por volta das 15h desta quarta. Os proprietários da residência acionaram rapidamente o Corpo de Bombeiros Voluntários de Joinville. De acordo com o subcomandante da corporação, Luciano Favarin, o resgate foi realizado de forma tranquila e a cobra não chegou a machucar nenhuma pessoa da região.

Segundo o biólogo Alcio Schlickmann, a cobra parece ser um adulto pleno, provavelmente fêmea, já que elas costumam ser maiores. O profissional ainda explica que a espécie costuma atingir a maioridade entre os 3 e 5 anos e podem medir mais de dois metros de comprimento.

Por que aparição da cobra venenosa é comum na região

O biólogo Schlickmann explica que a serpente peçonhenta é endêmica da Floresta Atlântica. Isso significa que, no município do Norte catarinense, o animal prefire as áreas de encosta, com vegetação mais densa.

Continua depois da publicidade

— Como no Iririú existem fragmentos de mata em vários morros, incluindo parques como o Morro do Finder e o Morro do Boa Vista, elas podem ser encontradas com relativa facilidade — explica o biólogo.

Schlickmann ainda esclarece que o aparecimento dessa espécie de cobra em áreas urbanas pode se dar, principalmente, pelo hábito predador. A espécie tem como principal fonte de alimento os roedores.

— Elas podem acabar indo para zonas habitadas por pessoas devido à presença de ratos, principalmente quando as condições de controle de vegetação ou acúmulo de resíduos podem ser evidenciadas — afirma.

Cuidados durante o frio

O biólogo ainda alerta para o aparecimento da espécie durante a época mais fria do ano. De acordo com Schlickmann, a jararacuçu pode ser atraída pelos abrigos que as habitações humanas podem oferecer em locais escuros e mais escondidos que as protejam do frio, como debaixo de móveis, sob assoalhos e dentro de caixotes.

Continua depois da publicidade

— Por serem animais de sangue frio, elas acabam entrando num estado de “dormência” durante o inverno, retornando à sua plena atividade logo que as temperaturas se elevem — exemplifica.

Leia também

VÍDEO: Animal selvagem invade galinheiro em rara aparição por SC

Preta Gil publica registro de tratamento contra o câncer nos EUA: “Mais uma dose”

Longevo grupo supermercadista de SC muda gestão e traz ex-BRF para CEO