Santa Catarina tem quatro suplentes de senador de olho nas movimentações das Eleições 2022. A depender dos resultados das disputas estaduais, eles podem assumir a titularidade de um mandato no Senado até 2026.
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Ivete Appel da Silveira (MDB) e Beto Martins (PL) são suplentes de Jorginho Mello, enquanto Geraldo Althoff e Denise dos Santos (PSD) ocupam a suplência de Esperidião Amin. Jorginho e Amin são senadores eleitos em 2018, mas disputam o governo do Estado nas Eleições 2022. Caso vençam a disputa, deixariam para um dos suplentes os quatro anos restantes do mandato no Senado.
O que chama a atenção é que a possibilidade de assumir mandato em definitivo em caso de vitória do atual senador provoca situações de dissidência dentro do partido e até de “divisão de família” em SC.
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A suplente de Jorginho, por exemplo, Ivete Appel da Silveira, é filiada ao MDB, que na disputa estadual apoia a reeleição do governador Carlos Moisés (Republicanos). Apesar disso, ao assumir a vaga de senador por três meses, durante licença de Jorginho para a disputa das eleições, Ivete declarou voto em Jorginho Mello.
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O presidente do MDB em SC, Edinho Bez, afirma que apesar de ela pertencer à legenda, que defende a reeleição de Moisés, o partido decidiu respeitar a posição dela, em deferência à trajetória de Ivete e de Luiz Henrique no campo emedebista.
No caso do segundo suplente de Jorginho Mello, Beto Martins, a situação é mais tranquila. Isso porque o se filiou ao PL no ano passado. Estando no mesmo partido, ele trabalha na divulgação da candidatura de Jorginho ao governo de SC. Beto deve assumir o mandato por um mês, entre o final de novembro e o final de dezembro, ainda no período de licença de Jorginho Mello.
“Família dividida”, diz deputado de SC
Outro caso de suplente que precisou mudar a preferência de candidato ao governo em relação ao seu partido é o de Denise dos Santos, segunda suplente de Esperidião Amin. Filiada ao PSD, ela tem trabalhado fortemente na campanha do marido, o deputado estadual Ismael dos Santos, que neste ano concorre a uma vaga na Câmara dos Deputados. Mas a coligação de Ismael tem como candidato a governador Gean Loureiro (União Brasil), adversário de Amin na disputa.
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Questionado pela reportagem, Ismael brinca que Amin conseguiu “dividir a família” e diz que a esposa se mantém no apoio ao titular do Senado de quem ela é suplente.
— Ela está trabalhando para o Amin, e eu, para o Gean — pontua.
Ele afirma que os dois podem trocar apoio no segundo turno, a depender de quem serão os candidatos que chegarão à disputa.
Denise, no entanto, só assume o mandato caso Amin deixe o cargo por se tornar governador e o primeiro suplente, Geraldo Althoff, não possa assumir. Geraldo também é filiado ao PSD, que neste ano apoia Gean Loureiro ao governo de SC. À reportagem, no entanto, ela afirmou não estar trabalhando para nem para Gean, nem para Amin.
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