Rita de Cassia Pereira Araujo Silva, de 65 anos, a única sobrevivente da chacina que chocou Joinville no último dia 11 de setembro, recebeu alta hospitalar na última semana. Após ficar duas semanas internada, ela segue com cuidados em casa por conta de sequelas deixadas pelo crime.
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A idosa foi baleada pelo genro que atirou e matou a filha dela, Ingrid Iolly Araujo Silva Berilo e os netos, uma menina de 11 anos e um jovem de 15 anos. O homem suspeito de executar a família é Ramzi Mohsen Hamdar, de 49 anos, que tirou a própria vida após o crime.
Após receber alta na última sexta-feira (26), Rita foi acolhida pela sobrinha Allana Lemos, com quem está morando desde então. Agora, a tia está tratando em casa algumas sequelas deixadas pelo crime.
Allana conta que Rita perdeu força em alguns músculos do corpo e, por isso, está com dificuldade para caminhar. Apesar disso, a sobrinha afirma que com o tratamento correto a tia voltará a andar normalmente. Outra sequela foi a necessidade do uso de bolsa de colostomia.
Rita tem ficado acompanhada de uma cuidadora, devido à falta de força para caminhar e fazer outras atividades. Ainda que esteja se recuperando bem, a família pede que as pessoas rezem pela tia para que ela se reabilite o mais breve possível.
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Depoimento sobre a chacina
Apesar das sequelas, Rita tem conseguido se comunicar bem e chegou a dar seu primeiro depoimento sobre o crime ainda quando estava internada, na quarta-feira (24). Rita contou ao delegado Dirceu Silveira que, na madrugada do dia 11 de setembro, acordou ao ouvir o barulho de tiros. Quando chegou no corredor, encontrou a filha Ingrid no chão, já sem vida.
Ao ver a sogra, Ramzi teria feito vários disparos contra ela. Mesmo baleada, a mulher ainda conseguiu pedir socorro.
Rita também disse à Polícia Civil que Ramzi era controlador e não existia um bom relacionamento entre ele, a sogra e os filhos de Ingrid, enteados dele.
Apesar do relacionamento ruim, não houve nenhum conflito, briga ou discussão entre o casal e a família na noite que antecedeu a chacina. Por isso, agora, o delegado Dirceu trabalha com a possibilidade do crime ter sido premeditado.
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A Polícia Civil ainda aguarda laudos periciais e de balística das vítimas, inclusive do autor para saber se ele estava ou não sob efeito de álcool ou drogas. Mais depoimentos devem ser colhidos nos próximos dias, isso porque o delegado ainda quer ouvir familiares de Rita antes de concluir o inquérito. Ramzi Hamdar deve ser indiciado pelos crimes de feminicídio contra Ingrid e a filha de 11 anos, tentativa de feminicídio contra a sogra e homicídio contra o menino de 15 anos.
Relembre o crime
O crime aconteceu por volta das 3h, quando vizinhos ouviram cerca de 20 disparos de arma de fogo. O homem suspeito foi identificado como Ramzi Mohsen Hamdar, de 49 anos e origem libanesa. Ele se suicidou após o crime.
Entre as vítimas está a esposa dele, Ingrid Iolly Araujo Silva Berilo e os filhos dela, uma menina de 11 anos e um jovem de 15 anos. A sogra dele, Rita de Cassia Pereira Araujo Silva, foi baleada, mas sobreviveu.
Segundo a Polícia Militar, vizinhos ouviram cerca de 20 disparos por volta das 3h. Durante a manhã, o irmão de Ramzi entrou na casa e encontrou o homem caído no chão, sem vida, com uma arma de fogo em mãos. Em seguida, acionou a Polícia Militar.
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No local, junto com uma equipe do Samu, policiais entraram na casa. No primeiro andar, encontraram o homem caído com uma pistola calibe .380.
Durante a varredura no segundo andar, Ingrid foi encontrada caída no chão, apresentando múltiplas lesões por disparo de arma de fogo. Em um dos quartos, sobre a cama, foi encontrada a criança de 11 anos.
No último quarto, próximo à porta, estava a mãe de Ingrid, identificada como Rita de Cassia Pereira Araujo Silva, de 65 anos, sendo prontamente atendida pela equipe do Samu e conduzida ao Hospital São José. Ao lado dela foi localizado o jovem de 15 anos, em óbito.
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