Com o aumento dos juros e o custo dos financiamentos mais alto com a taxa Selic a 14,75%, o preço dos carros novos no Brasil atingiu níveis elevados, com uma média superior a R$ 140 mil o ticket médio.
Nessas horas o consumidor questiona se é mais vantajoso comprar ou assinar um veículo, em um dilema do custo elevado dos veículos e das opções de aquisição.
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Os serviços de assinatura de veículos têm crescido, com as locadoras responsáveis por mais de 649 mil carros zero-km emplacados no Brasil no ano passado, representando 26% de todas as vendas de automóveis no País.
Mas antes de pensar em assinar um carro é preciso levar em conta o perfil do motorista. De acordo com Luiz Bonini, diretor de crescimento da Turbi, a quarta maior locadora de carros do País, é preciso avaliar o momento financeiro e a rotina com esse veículo:
— A assinatura atende quem busca flexibilidade, enquanto a compra faz mais sentido para quem vê o carro como parte da estrutura familiar — afirma Bonini.
Comodidade e custo de oportunidade
Para quem vive em cidade grande e tem uma rotina agitada, a assinatura de carros é uma opção prática, pois inclui IPVA, licenciamento, manutenção, seguro, assistência 24h e carro reserva, dispensando preocupações e gasto de tempo com essas tarefas.
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A assinatura de carros é mais econômica, podendo custar até 40% a menos que um financiamento e 14% a menos que a compra à vista, ao considerar custos de manutenção, impostos e desvalorização.
— Se aplicar o valor que pretende destinar para entrada no financiamento ou pagamento à vista em renda fixa, é possível obter mais de 10% ao ano em rendimentos. Isso, somado à economia com algumas despesas e burocracias de ter um carro, mostra que a assinatura pode ser vantajosa financeiramente — destaca Bonini.
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A assinatura possui flexibilidade nos prazos dos planos, que podem ser mensais, trimestrais, anuais chegando a 3 ou 4 anos – quanto maior o prazo, menor o valor das parcelas.
Além disso, a modalidade pode ser uma alternativa para quem precisa direcionar, por exemplo, o capital que seria usado na compra do carro para um negócio.
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A assinatura ainda pode ser uma opção para quem está passando por mudanças de cidade ou emprego ou deseja conhecer diferentes tipos de carros, incluindo fazer uma experiência com modelos elétricos, por exemplo, sem se preocupar com sua depreciação.
Considere um seminovo
Para quem usa o carro diariamente e busca estabilidade, vale analisar a compra de um seminovo ao invés de um carro novo, já que é a melhor opção no longo prazo devido ao alto preço dos modelos zero-km, que sofrem mais com a desvalorização nos primeiros anos de uso.
Já os veículos com alguns anos de uso têm uma depreciação mais suave.
Carros com baixa quilometragem e ainda dentro da garantia de fábrica oferecem maior segurança e reduzem riscos na aquisição, atendendo às preferências de quem deseja ter um carro próprio.
Antes de escolher, é preciso ter paciência e fazer contas, ponderando prazos e custos. Importante ressaltar que a “desistência” de um contrato de assinatura leva a sérios prejuízos, com multas rescisórias altíssimas.
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A decisão entre uma assinatura de carro ou a compra do veículo depende do momento de vida, das prioridades financeiras e da relação de cada pessoa com o automóvel, considerando a busca por mais liberdade, controle de gastos ou a aquisição definitiva do veículo.
Por Lucia Camargo Nunes da @viadigitalmotorsoficial
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