As exportações de suínos registraram queda em novembro tanto em volume quanto em faturamento. No Brasil foram embarcadas 45,8 mil toneladas, volume 21,4% inferior a novembro do ano passado. Desse total, 19,9 mil toneladas saíram de Santa Catarina, onde a redução foi de 26,86%. O faturamento foi de US$ 110,7 milhões no país e US$ 43 milhões no Estado, com queda de 27,6% e 35,12%, respectivamente. O motivo apontado é a redução de importação de alguns mercados.

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— Houve uma readequação nos níveis de importação de importadores da Ásia, como China, Singapura e Hong Kong, que influenciaram o resultado do mês. Por outro lado, Uruguai e Angola incrementaram suas compras em novembro — disse o vice-presidente mercados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin.

O diretor-executivo do Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados de Santa Catarina (Sindicarne), Ricardo Gouvêa, considera que é normal ter uma queda nessa época do ano, mas também avalia que a suspensão dos embarques da Rússia contribuíram para essa redução. No entanto, ele acredita em recuperação no próximo ano, com a abertura das Filipinas e também a previsão de iniciar os embarques para a Coreia do Sul.

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Para o presidente da Associação Catarinense dos Criadores de Suínos (ACCS), Losivânio de Lorenzi, a redução das exportações agrava a situação dos produtores, que não tiveram reajuste no preço nos últimos meses. Uma das medidas que a entidade está buscando é a revogação do decreto 780 de 2016, que cobra 12% de ICMS na venda de suínos dos produtores para empresas e cooperativas que não tenham tratamento tributário diferenciado.

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— É um absurdo o produtor ter que pagar isso, fica inviável para os produtores independentes produzirem — disse o presidente da ACCS.

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