Santa Catarina registrou em janeiro de 2021 queda em quase todos os indicadores de violência. Os homicídios, por exemplo, atingiram o menor índice da série histórica. Das 295 cidades catarinenses, apenas 44 registraram assassinatos no primeiro mês do ano.

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A queda nos homicídios foi de 24,6% em comparação ao mesmo período do ano passado. Em número absolutos, foram 61 vítimas em 2021 e 81 em 2020. Nos anos anteriores, 2019 e 2018, o total no mês de janeiro foi de 81 e 86 mortes, respectivamente.

Florianópolis e Joinville, as duas maiores cidades de SC, tiveram queda significativa nos homicídios. Na Capital, a redução foi de 63,6%, a menor desde janeiro de 2015. No município do Norte do Estado, a redução em relação ao ano passado é de 45,5%.

Entre os indicadores positivos divulgados pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) nesta quarta-feira (3), está a redução nos latrocínios, que tiveram queda de 66,6% em relação a janeiro de 2020.

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O balanço da secretaria também aponta uma redução no número de furtos (34,2%) e roubos (28,9%). No período não foram registradas ocorrências de lesão corporal seguida de morte.

— Fechamos o primeiro mês de 2021 com ótimos índices relacionados à criminalidade em Santa Catarina. Em quatro indicadores, que envolvem furto, roubo, mortes violentas e latrocínio, estamos com os melhores números dos últimos dez anos — afirma o presidente do Colegiado Superior de Segurança Pública e Perícia Oficial de SC, o Coronel Charles Alexandre Vieira.

Segundo os dados da SSP, os únicos índices que não apresentaram redução são o feminicídio e as mortes em confronto com a Polícia Militar. O último teve um aumento em relação ao ano passado, com 11 mortes registradas em janeiro de 2021. No período foram notificados dois feminicídios, mesmo cenário que ano anterior.

Números são reflexos da pandemia, avalia especialista

A pandemia do coronavírus e o decreto de emergência do governo de SC, que colocou o Estado em lockdown por cerca de 15 dias no início do ano passado, foram fortes fatores para a mudança nos indicadores de violência, segundo o especialista em segurança, coronel Eugênio Moretzsohn.

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A mudança repentina na rotina das pessoas reduziu rapidamente o número de crimes nas ruas, onde ocorrem os assaltos, homicídios e acidentes de trânsito, mas não ajudou em relação à violência doméstica: 

– Nos bares e (festas) raves, onde ocorre o consumo de bebida alcóolica em grande quantidade e de drogas ilícitas por muitas pessoas, as ocorrências violentas permaneceram mais ou menos constantes, especialmente na chamada “alta madrugada”. Em compensação, o confinamento fez aumentar a violência no lar contra mulheres, crianças e idosos, aliada ao consumo de álcool, denominador comum nas ocorrências domésticas.

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