Jô Soares foi um artista completo. Trabalhou como ator, roteirista, apresentador e diretor. Ele protagonizou um dos mais famosos e icônicos programa de entrevistas brasileiro, o “Programa do Jô”. Assim, ele tornou-se uma das figuras mais marcantes da TV no Brasil. Jô morreu aos 84 anos em São Paulo na madrugada desta sexta-feira (5). Ele estava internado desde julho no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, para tratar de uma pneumonia.
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José Eugênio Soares nasceu em 16 de janeiro de 1938 no Rio de Janeiro. Aos 12 anos, mudou-se com a família para a Europa. Chegou a pensar em seguir carreira diplomática pela facilidade com idiomas, que o tornou poliglota. Porém o amor pela arte falou mais alto.
Com muito bom humor, as conversas com o entrevistador rendiam sempre boas risadas ao público e até alguns contrangimentos aos convidados. O “Programa do Jô” iniciou em 2000 e foi ao ar durante 16 anos embalando a madrugada da TV Globo. Por ele, Jô Soares ficou marcado na memória dos brasileiros. Porém, a carreira iniciou muito tempo antes.
O primeiro trabalho na rede Globo foi em 1970 com o programa ‘Faça Humor, Não Faça Guerra’, depois de passagens pelas TVs Continental, Rio, Tupi, Excelsior e Record. Em 1981, estreou ‘Viva o Gordo’, seu próprio programa. Além disso, participou de filmes, peças de teatro , escreveu para jornais como O Globo e Folha de São Paulo e nove livros. Ele também publicou sua própria biografia, “O Livro de Jô – Uma autobiografia desautorizada”.
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O “beijo do gordo” se eternizou como a marca do apresentador. As brincadeiras consigo mesmo sobre ser gordo eram recorrentes, mas, para além disso, o artista via no humor formas de falar sobre a sociedade e a política.
— O meu humor tem sempre um fundo político, sempre tem uma observação do cotidiano do Brasil. Os meus personagens são muito mais baseados no lado psicológico e no social do que na caricatura pura e simples — contou Jô em entrevista à Globo.
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