A defesa do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, enviou uma petição ao Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando que ele seja preso em São José ou Florianópolis. O ministro Alexandre de Moraes decretou a prisão preventiva de Silvinei Vasques na sexta-feira (26), após ele ser preso no Paraguai tentanto embarcar para El Salvador com passaporte falso.
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O ex-diretor da PRF passou a noite na sede da Polícia Federal em Foz do Iguaçu, no Paraná, e será transferido para Brasília neste sábado (27), onde deve passar por audiência de custódia.
Na étição, os advogados argumentam que a permanência de Silvinei em Santa Catarina favorece a preservação de sua integridade e o exercício da ampla defesa devido a seus vínculos familiares e profissionais no Estado. Até dezembro deste ano, ele era secretário municipal em São José, na Grande Florianópolis.
“A manutenção da custódia de Silvinei Vasques no Estado de Santa Catarina, preferencialmente nos municípios de São José ou Florianópolis, mostra-se medida adequada, proporcional e juridicamente recomendável”, pedem os advogados.
Defesa alega que prisão na Papuda oferece riscos
Segundo a defesa, a prisão em presídios comuns oferece riscos à segurança física de Silvinei, devido ao seu histórico como policial militar. A defesa afirma que, durante um ano em que ficou preso na Papuda, em Brasília, foram registradas “intercorrências consistentes em assédio e ameaças no ambiente prisional”.
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“Caso, contudo, Vossa Excelência entenda indispensável a custódia no Distrito Federal, requer-se, de
forma subsidiária, que o recolhimento se dê na unidade conhecida como ‘Papudinha’, dotado de estrutura compatível com casos de elevada exposição institucional, reduzindo riscos objetivos à integridade do custodiado”, pede a defesa.
Silvinei passou a noite em Foz do Iguaçu
De acordo com os advogados, Silvinei deve ser transferido para Brasília na manhã deste sábado (27) e deve passar por audiência de custódia na capital federal.
Conforme o g1, Silvinei passou a noite desta sexta-feira na sede da Polícia Federal em Foz do Iguaçu, no Paraná. Do Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção, ele foi levado de carro pela polícia paraguaia até Cidade do Leste algemado e com um capuz.
Silvinei foi entregue à Polícia Federal brasileira na aduana (o órgão governamental responsável por controlar a entrada e saída de mercadorias, veículos e pessoas em um país).
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Veja fotos do caso
Como foi a fuga em plena véspera de Natal
De acordo com informações da Polícia Federal enviadas ao ministro do STF, Alexandre de Moraes, Silvinei Vasques deixou o condomínio onde mora em São José na noite de quarta-feira (24), por volta das 19h, antes de a tornozeleira parar de funcionar.
Um pouco antes, câmeras registraram ele colocando sacolas, rações e tapetes higiênicos para animais domésticos dentro de um carro alugado, e embarcou com um cão da raça pitbull. Depois disso, segundo a PF, não foi mais visto.
Policiais só foram até a casa de Silvinei no dia seguinte, depois dos primeiros problemas na tornozeleira. Contudo, ele já não estava mais lá. Uma equipe da Polícia Penal de Santa Catarina também tentou localizar Silvinei antes da PF, sem sucesso.
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Condenado pelo STF a 24 anos e seis meses
No último 16 de dezembro, Silvinei foi condenado a 24 anos e seis meses por envolvimento em cinco crimes durante a trama golpista pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a acusação, ele integrou o chamado “núcleo 2” da organização criminosa e atuou para impedir a votação de eleitores, especialmente no Nordeste, por meio de operações da PRF no segundo turno das eleições.
No mesmo dia da condenação, Silvinei Vasques solicitou exoneração do cargo de secretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação de São José, na Grande Florianópolis.






