A expressão “samambaia jurídica”, utilizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes durante a leitura de seu voto no julgamento da trama golpista em que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras sete pessoas são réus, deu o que falar na web, mas também teve repercussão durante a segunda parte da sessão desta terça-feira (9).

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O ministro Flávio Dino, que foi o segundo membro da Corte a votar, elogiou a alusão feita por Moraes, em que alegou que ele, enquanto ministro, tinha direito de fazer perguntas nos interrogatórios, fazendo com que o juiz não seja “uma samambaia jurídica no processo”.

Moraes fez a alusão durante a análise de preliminares, no início do voto, enquanto rebatia os argumentos das defesas de que houve violação do sistema acusatório. Para as defesas dos réus, o ministro não poderia fazer perguntas durante a instrução do processo.

— O juiz, disse o ministro Alexandre, não é uma samambaia jurídica. Achei uma alusão muito simpática e poética. Até porque uma samambaia é uma planta frágil. E achei portanto que isso revela características suas, ao contrário do que dizem — declarou em menção sobre o sistema judiciário.

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