A aspirina é um medicamento popular utilizado para tratar dor, inflamação e febre. Além disso, o remédio é popularmente utilizado de forma profilática contra doenças cardíacas. Porém, desde 2019, esse medicamento não é mais recomendado para homens com mais de 50 anos e mulheres com mais de 60, segundo o American College of Cardiology (ACC) ou Colégio Americano de Cardiologia, em tradução livre, e a Associação Americana de Cardiologia.

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Nesse contexto, o cardiologista Dr. Jeremy Londou publicou um vídeo em seu TikTok na última quarta-feira (11), explicando que, realmente, nem todo mundo deve tomar aspirinas como forma preventiva. Porém, há dois grupos específicos que devem tomar doses do remédio diariamente. Texto também possui informações do New York Post.

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Quem deve tomar duas aspirinas por dia?

O cardiologista Dr. Jeremy London explica que há dois tipos de pacientes que se beneficiam por tomar aspirina todo dia. O primeiro são as pessoas que tiveram algum ataque cardíaco ou derrame:

— Desde que [essas pessoas] não tenham histórico de complicações de sangramento, eles devem tomar de 75 a 100 mg de aspirina por dia —, explica.

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O médico também explica que o segundo grupo de pessoas que podem ter algum benefício pela dose diária de aspirina são pessoas que não tiveram ataque cardíaco, mas estão entre 40 e 70 anos de idade.

— Se você se enquadra nessa [segunda] categoria, e tem um risco progressivo de eventos cardiovasculares, você pode considerar a terapia [profilática] com aspirina —, complementa.

No entanto, para pessoas com 70 anos ou mais, o cardiologista explica que os riscos de desconforto gastrointestinal e sangramento associados à aspirina superam os benefícios de tomá-la para prevenir eventos cardiovasculares. Por isso, não recomenda que pessoas acima de 70 anos tome o remédio.

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Vídeo com recomendação do cardiologista

O vídeo abaixo foi publicado no TikTok na última quarta-feira (11) e está em inglês. As informações citadas no vídeo já estão no texto, em português.

Essa recomendação também estão alinhadas com o Dr. Roger Blumenthal, especialisa do American Heart Association (Associação Americana de Cardiologia, em tradução livre).

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— Tomar aspirina [todos os dias] não é mais recomendado para pessoas que nunca tiveram um evento cardíaco. É recomendado apenas para pessoas que os profissionais de saúde acham que têm um risco significativo e alto o suficiente para merecer continuar a tomá-la —, complementa.

Embora haja custos e benefícios a serem considerados na terapia com aspirina, uma nova pesquisa do Mass General Brigham descobriu que tomar duas aspirinas por semana pode ajudar a reduzir o risco de câncer colorretal em adultos que vivem estilos de vida pouco saudáveis.

Independende de qual grupo você possa estar classificado, nunca tome um remédio sem consultar seu médico, que fará a recomendação adequada para seu organismo e condição médica.

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Efeitos da aspirina, conforme fabricante

De acordo com a bula da aspirina, o remédio pode ter as segundas reações e efeitos colaterais:

  • “Distúrbios do trato gastrintestinal como má digestão (dispepsia), dor gastrintestinal e abdominal, raramente inflamação gastrintestinal, úlcera gastrintestinal, podendo levar, mas muito raramente, a úlcera gastrintestinal com hemorragia e perfuração, com os respectivos sinais e sintomas laboratoriais e clínicos; doença do diafragma intestinal, caracterizada por múltiplos finos septos (diafragmas) e que podem levar a obstrução intestinal, com frequência desconhecida (especialmente no tratamento de longo prazo);
  • Aumento do risco de sangramento devido a seu efeito inibitório sobre a agregação plaquetária, como hemorragia intra e pós-operatória, hematomas, sangramento nasal (epistaxe), sangramento urogenital (pela urina e genitais) e sangramento gengival;
  • Foram raros a muito raros os relatos de sangramentos graves, como hemorragia do trato gastrintestinal e hemorragia cerebral (especialmente em pacientes com pressão alta não controlada e/ ou em uso concomitante de agentes anti-hemostáticos), que em casos isolados podem ter potencial risco de morte;
  • Anemia pós-hemorrágica/ anemia por deficiência de ferro (por exemplo, sangramento oculto), a longo ou curto prazo (crônica ou aguda), apresentando sintomas como fraqueza (astenia), palidez e diminuição da circulação sanguínea (hipoperfusão);
  • Reações alérgicas (hipersensibilidade) como doença respiratória exacerbada por aspirina, reações leves a moderadas que potencialmente afetam a pele, o trato respiratório, o trato gastrintestinal e o sistema cardiovascular, com sintomas tais como erupções na pele (rash cutâneo), urticária, inchaço (edema), coceira (prurido), rinite, congestão nasal, alterações cardio- respiratórias e, muito raramente, reações graves, como choque anafilático;
  • Mau funcionamento temporário do fígado tem sido relatado muito raramente (disfunção hepática transitória com aumento das transaminases hepáticas);
  • Zumbidos (tinitos) e tonturas, que podem ser indicativos de sobredose;
  • Destruição/rompimento das células sanguíneas (hemólise) e anemia hemolítica em pacientes que sofrem de deficiência grave de glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PD);
  • Comprometimento dos rins e alteração da função dos rins (insuficiência renal aguda).
  • O ácido acetilsalicílico pode causar a síndrome de Reye, uma rara, mas grave reação que se apresenta como distúrbio da consciência, comportamento anormal ou vômitos, em crianças com doença viral (veja item “4. O que devo saber antes de usar este medicamento?”).”

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