O dono da Lado Rosa veio a público nesta sexta-feira (18) falar sobre as inúmeras entregas de produtos atrasadas. A avalanche de reclamações de clientes colocou a empresa de decoração, com sede em Gaspar, na mira do Procon de Santa Catarina, que proibiu vendas da loja online por 30 dias. No vídeo publicado nos stories do Instagram, Leandro Amorim pede uma “segunda chance” aos consumidores.

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O empresário admite ter “falhado na comunicação” com os clientes sobre os atrasos nas entregas. Segundo ele, uma troca de sistema provocou o problema, mas a equipe estaria empenhada em solucionar as queixas rapidamente. Amorim, inclusive, compartilhou um link para que as pessoas eventualmente lesadas façam contato com a Lado Rosa para resolver os problemas.

As dezenas de reclamações de clientes chegaram ao Procon de SC, que proibiu a empresa de vender online a partir desta quinta-feira (17). A decisão tem validade de 30 dias ou até que as demandas dos consumidores sejam encaminhadas. A defesa da empresa informou que entraria com recurso para suspender a proibição. Até a tarde desta sexta ainda não havia posição do Judiciário.

De acordo com a direção do órgão de defesa do consumidor, o descumprimento da decisão, sem amparo legal, pode implicar em multa diária de R$ 10 mil. Em reunião na tarde desta sexta-feira, a empresa pediu sobre a possibilidade de termo de ajustamento de conduta. “Tudo vai ser resolvido”, garantiu Amorim nas redes sociais, que seguia vendendo normalmente até esta sexta à tarde.

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A empresa é a segunda com mais reclamações no órgão estadual, com 62 queixas formalizadas. No site Reclame Aqui, a loja acumula 26 mil relatos de consumidores e leva o selo de “não recomendada”. Há relatos de clientes que fizeram compras há seis meses e, além de não receberem os produtos, não conseguiram contato com a loja, que fechou a opção de comentários no Instagram.

A Polícia Civil de Gaspar informou que no mês passado concluiu o inquérito sobre a empresa e indiciou a Lado Rosa pelos crimes de duplicata simulada, cuja pena varia de dois a quatro anos, e fraude na entrega da coisa, com pena de um a cinco anos. A reportagem não conseguiu contato com Amorim para contraponto. O espaço segue aberto.

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