Em uma entrevista, Eduardo Bolsonaro afirmou que os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), também podem sofrer sanções do governo de Donald Trump, assim como o ministro Alexandre de Moraes e outros magistrados do Supremo Tribunal Federal (STF). A afirmação foi feita nesta sexta-feira (25), no programa Oeste com Elas. As informações são do O Globo.
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Para ele, Davi Alcolumbre não está “nesse estágio ainda”, mas “certamente está no foco do governo americano”.
— Ele tem a possibilidade agora de não ser sancionado e não acontecer nada com o visto dele, se ele não der respaldo ao regime. E também o Hugo Motta, porque na Câmara dos Deputados tem a novidade da lei da anistia — disse.
Eduardo Bolsonaro afirmou, ainda, que se “o Brasil não conseguir pautar a anistia e o impeachment do Alexandre de Moraes, a coisa ficará ruim”. O deputado, que estava de licença do mandato nos Estados Unidos, também disse que sanções como a Lei Magnitsky contra o ministro Moraes não são “o último capítulo dessa novela”.
— O Trump tem um arsenal na mesa dele, e, pode ter certeza, ele não utilizou esse arsenal todo. Caso venha, talvez até hoje, quem sabe, Deus queira, a Lei Magnitsky contra o Alexandre de Moraes, esse vai ser só mais um capítulo dessa novela. Não será o último — disse.
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Entenda a lei
O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, já disse, durante uma audiência na Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, que a aplicação da lei Magnitsky “está sob análise no momento e há uma grande possibilidade de que aconteça”.
Criada pelos Estados Unidos para aplicar sanções e restrições a estrangeiros que tenham cometido corrupção grave ou violação dos direitos humanos, a Lei Magnitsky foi formulada em 2012, durante o governo do ex-presidente Barack Obama.
Em 2016, a lei, que ficou conhecida como “pena de morte financeira”, foi ampliada e passou a valer para acusados em qualquer país. Embora não sejam punitivas, as medidas impedem que o indivíduo entre nos Estados Unidos ou mantenha contas e operações financeiras no país.
Na última sexta-feira (18), Marco Rubio revogou os vistos americanos para o ministro do STF Alexandre de Moraes, “de seus aliados e de seus familiares imediatos”.
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“O presidente Trump deixou claro que seu governo responsabilizará estrangeiros responsáveis pela censura de expressão protegida nos Estados Unidos. A caça às bruxas política do Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, contra Jair Bolsonaro criou um complexo de perseguição e censura tão abrangente que não apenas viola direitos básicos dos brasileiros, mas também se estende além das fronteiras do Brasil, atingindo os americanos”, disse na rede social X.
Além de Alexandre de Moraes, os ministros Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli, Cristiano Zanin, Flavio Dino, Cármen Lúcia, Edson Fachin e Gilmar Mendes também tiveram o visto revogado por Trump.
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