O prazo para renúncia de prefeitos e governadores que desejam concorrer a outros cargos e também para a filiação nos partidos em que o candidato pretende concorrer termina neste sábado (2).
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Eleições 2022: quem são os pré-candidatos ao governo de SC a seis meses da disputa
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Com isso, a semana deve reservar para SC as últimas definições sobre quem vai de fato deixar o cargo ou se filiar a uma nova legenda de olho na candidatura daqui a seis meses.
Muitas das perguntas a serem respondidas nesta fase do ano eleitoral já foram solucionadas nas últimas semanas. Pelo menos dois prefeitos já confirmaram que irão renunciar aos cargos para participar das eleições: Gean Loureiro (União Brasil), de Florianópolis, e Antídio Lunelli (MDB), de Jaraguá do Sul.
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A filiação do governador Carlos Moisés, mistério durante vários meses, também teve desfecho no início de março, quando ele optou pelo Republicanos para buscar a reeleição. Dário Berger, que há meses vinha sinalizando trocar o MDB pelo PSB, confirmou o movimento e se filiou aos socialistas nesta semana, junto com o ex-governador de São Paulo e provável vice de Lula (PT), Geraldo Alckmin.
O futuro de Gelson Merísio, que vinha indefinido nos últimos meses, também clareou. O ex-presidente da Assembleia Legislativa saiu do PSDB, fez uma forte guinada à esquerda ao dizer que irá trabalhar pela eleição de Lula e selou o movimento esta semana, ao se filiar ao Solidariedade, um dos partidos que dialoga com o bloco de legendas da esquerda, ao lado de PT, PDT, PCdoB e outros.
No entanto, outros desfechos ainda são aguardados para a última semana. Confira as principais situações a serem decididas nesta semana em SC:
Futuro de Luciano Hang
O empresário das lojas Havan deve retornar na quarta-feira da Europa e anunciar, enfim, o seu futuro político. Ele é apontado como provável candidato a senador, mas ainda não está filiado a nenhuma legenda. Hang chegou a conversar com legendas como Republicanos e PL, mas nas últimas semanas, teria se aproximado do Progressistas, em movimento articulado inclusive em Brasília, com o presidente Jair Bolsonaro. Hang precisa estar filiado ao partido pelo qual deseja concorrer até 2 de abril.
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Chapa com João Rodrigues, Clésio e Hang
Um dos principais avanços da última semana foi a articulação entre PSD, PSDB e PP propondo uma chapa para o governo do Estado e o Senado. Nesta articulação, o prefeito de Chapecó, João Rodrigues, seria candidato a governador, Clésio Salvaro, prefeito de Criciúma, seria o vice e Luciano Hang disputaria o Senado, filiado ao PP. Rodrigues e Clésio se reuniram na sexta-feira, mas adiaram a definição sobre o acordo para esta segunda-feira. A opinião de Hang também deve ser ouvida antes dos partidos baterem o martelo. Se confirmar a parceria, o trio será o primeiro grupo a já divulgar posições de pré-candidatos a governador, vice e Senado. Em outras articulações, essas definições ainda não foram abertas.
Renúncias de prefeitos
Caso a chapa de João Rodrigues e Clésio Salvaro prospere, os dois terão que aumentar a lista de prefeitos de cidades de SC que renunciarão para concorrer. Rodrigues está no segundo ano do primeiro mandato em Chapecó e Clésio comanda o terceiro mandato em Criciúma – o segundo consecutivo. As saídas deles até fim desta semana para concorrer abre espaço para os vices, mas só deve ocorrer com garantias de que eles serão lançados como candidatos pelos partidos.
Filiações de aliados de Moisés
Resolvida a filiação de Carlos Moisés ao Republicanos, a próxima semana deve marcar a definição dos partidos em que aliados do governador vão concorrer nas eleições 2022. O atual secretário de Saúde, André Motta Ribeiro, já confirmou que será candidato a deputado estadual e vai deixar a pasta até quinta-feira (31). No entanto, ele ainda não está filiado. A tendência é de que opte também pelo Republicanos. O mesmo ocorre com o secretário de Desenvolvimento Econômico e Social e ex-prefeito de Chapecó, Luciano Bulligon. No entanto, outras legendas que possam estar ao lado de Moisés no projeto de reeleição em outubro também podem abrigar correligionários do governador. A deputada estadual Paulinha (sem partido), que chegou a ser líder de governo durante este primeiro mandato de Moisés, também precisará definir o novo partido. Nas últimas semanas, a assessoria informou que ela mantinha conversas com Podemos, Cidadania e MDB.
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