O banhista que morreu atropelado por uma lancha em Balneário Camboriú nesta quinta-feira (17) foi identificado como Rafael Aragão Gonzalez, de 49 anos. Ele era empresário e entre os negócios fundou uma tanoaria especializada em barris de carvalho em São Pedro de Alcântara, na Grande Florianópolis. Hugo Gonzalez, filho da vítima, disse à NSC que o pai amava o mar:

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— Perdeu a vida no lugar que mais amava. Seu esporte favorito era nadar no mar e surfar.

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Rafael nasceu em São Paulo, mas viveu desde a infância na Capital de SC, onde teve os dois filhos. Não à toa, se considerava um manezinho e, inclusive, torcia para o Figueirense. No início dos anos 2000, foi se aventurar com a esposa e os dois filhos na Europa, mas voltou para o Estado após uma década para abrir o que viria a ser uma das maiores fornecedoras de barris de carvalho do Brasil.

O primogênito de 28 anos descreve o pai como uma pessoa que deixava qualquer ambiente mais descontraído e feliz, e diz que Aragão era dono de “uma simpatia sem tamanho e um coração enorme”. Além de Hugo, a vítima também era pai de Bruno, de 20 anos. Os dois jovens moram fora do país e não vão conseguir acompanhar o velório, marcado para começar às 13h em Florianópolis.

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— Sempre levarei os aprendizados de meu pai comigo, e honrarei todo seu trabalho e continuarei seu legado — pontua Hugo.

O acidente

Rafael e outro homem que ainda não teve a identidade divulgada estavam nadando na Praia Central de Balneário Camboriú quando foram atingidos por uma lancha na manhã desta quinta-feira (17). O empresário morreu na hora e a segunda vítima foi levada em estado grave ao hospital e perdeu uma das pernas, conforme informações do Corpo de Bombeiros Militar.

Ambos estavam com uma boia de natação no momento em que foram atropelados pela lancha, de acordo com os socorristas. O acidente aconteceu perto da Ilha das Cabras, região que os nadadores costumavam frequentar. Na lancha, estavam o proprietário da embarcação e o piloto, que inclusive tirou o sobrevivente do mar e fez o torniquete na perna dele, evitando um sangramento maior.

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Os bombeiros não puderam constatar se a lancha estava dentro da distância mínima permitida, que é de 200 metros a partir da zona de arrebentação das ondas (próximo à areia). Isso porque as boias que sinalizam essa metragem não estavam no mar. A instalação será feita mais perto do verão, explicou a corporação. A Polícia Civil e a Marinha do Brasil apuram as responsabilidades.

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