A Agência Internacional de Energia Atômica da ONU (AIEA), que regula programas nucleares em todo o mundo, anunciou que os ataques recentes de Israel causaram “impactos diretos” nos salões subterrâneos de enriquecimento de urânio da maior usina nuclear do Irã, de Natanz, nesta terça-feira (17). De acordo com o órgão, a análise foi feita com base em imagens de satélite coletadas após os ataques de sexta-feira (13). As informações são do g1 e do O Globo.
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Ainda, a agência disse, em comunicado, que foram encontrados elementos adicionais que indicaram os impactos. Nas usinas nucleares em Esfahan e Fordow, no entanto, “não há mudanças a relatar”.
Anteriormente, a ONU nunca havia indicado que as centrífugas de enriquecimento de urânio haviam sido impactadas diretamente por ataques. Com a constatação, o risco de vazamento nuclear na usina, que possui cerca de 15 mil centrífugas em funcionamento, pode aumentar.
Na última sexta-feira, Israel já havia dito que causou “grandes danos” ao complexo com ataques aéreos, que já deixaram 248 mortos tanto em território israelense, quanto no Irã. Até o momento, o governo iraniano não se manifestou sobre o comunicado da agência.
O órgão já havia alertado anteriormente sobre os riscos de contaminação nuclear no país pelos ataques israelenses. Porém, até a última medição, os níveis de radiação fora do complexo estavam normais, de acordo com o diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi.
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Quinto dia de conflito
O conflito entre os dois países entrou no quinto dia nesta terça-feira. Pela manhã, o Irã lançou mísseis em direção à Tel Aviv e Jerusalém. Na plataforma Truth Social, Donald Trump escreveu que “todos deveriam deixar Teerã imediatamente!”, depois de anunciar o envio de forças militares para o Oriente Médio e mais porta-aviões.
Mais aviões caças dos Estados Unidos também foram enviados ao Oriente Médio, de acordo com a agência Reuters. Em outra publicação nas redes sociais, Trump pediu para que o Irã se renda totalmente e disse, ainda, que matar o líder supremo do país, aiatolá Ali Khamenei, está fora dos planos “por enquanto”.
“Ele é um alvo fácil, mas está seguro lá. Não vamos matá-lo, pelo menos não por enquanto. Mas não queremos mísseis disparados contra civis ou soldados americanos. Nossa paciência está se esgotando”, escreveu.
Um “fim real” para o conflito também está sendo discutido, algo “melhor que um cessar fogo”, disse Trump.
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