Chegou a hora de tirar o glitter do armário e a fantasia do guarda-roupa, pois o Carnaval de Joinville foi oficialmente lançado nesta segunda-feira (3). Os foliões da cidade poderão participar e prestigiar o desfile das escolas de samba e dos blocos de rua, em uma programação dividida em dois dias.
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Apesar da data oficial do Carnaval ser dia 3 de março, em Joinville a festa foi antecipada e ocorre nos dias 22 e 23 de fevereiro. No sábado (22), a Avenida Beira-Rio será palco do desfile das quatro escolas de samba da cidade: Fusão do Samba, Príncipes do Samba, Unidos do Caldeirão e Unidos pela Diversidade.
Veja fotos de outras edições do Carnaval em Joinville
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Confira os sambas-enredo das escolas
Cada escola traz para a avenida um samba enredo diferente, todos contando alguma história da cidade. A Fusão do Samba vai abordar em suas alegorias a periferia da cidade, a cultura e contribuição do povo periférico para toda a sociedade.
— Este ano, a “Fusão” vem como tema “com amor e alegria triunfou a periferia”. Nós viemos contar um pouco da história da periferia, do pessoal, da cultura, o triunfo que sai de lá, as pessoas que saem de lá para a sociedade, o crescimento deles — explica a presidente da Fusão do Samba, Enelir Catarina Cardoso Machado.
As tavernas e bares presentes na história há 3.500 anos antes de Cristo serão celebrados pela escola Príncipes do Samba. O grupo quer abordar desde a origem destes estabelecimentos até sua presença em Joinville nos dias atuais. Os “botecos” tradicionais da cidade, como o “bar do Nelson”, também devem ser celebrados no desfile da escola, cita o presidente Emerson de Souza.
— A taverna era um centro de conflito social, onde eram feitas conglomerações. Era um pequeno centro de comércio onde a caça era vendida. E tudo acontecia ali dentro, as festividades e toda essa alegria, ela ainda acontece hoje em dia. Contar essa história maravilhosa. Trazer também alguns bares atuais, que são parceiros. Essa é a nossa proposta — conta Emerson.
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Um dos símbolos mais conhecidos da cidade, a Baía Babitonga será a homenageada da Unidos do Caldeirão. A ideia do grupo é abordar os encantos da baía que pode ser vista e apreciada de diversos locais da cidade, tornando-se parte do dia a dia dos joinvilenses.
— Resolvemos prestar essa homenagem a essa maravilhosa visão que a gente tem, a biodiversidade, o ambiente maravilhoso que nós temos e, também, trazer um pouco para a população da região a reflexão de quanto eu preciso cuidar da Baía da Babitonga, que faz parte da minha vida, da vida do joinvilense e de todas as pessoas da região — explica Marili Teresinha Cardoso Narciza, presidente da Unidos do Caldeirão.
A quarta escola de samba da cidade, a Unidos pela Diversidade, escolheu trazer para a avenida a história e contribuição de Jacila Barbosa, a mãe Jacila, para Joinville. Ela deu origem a Casa da Vó Joaquina, um ponto de cultura, celebração de uma das religiões de matriz africana e que também desenvolve um trabalho social na cidade.
— Um enredo enriquecido onde a gente traça a história de Jacila, uma cidadã que se tornou uma joinvilense de coração, contribuindo para o crescimento da cidade, desenvolvimento da comunidade, aproximando aqueles que mais precisam. A gente conta a história de Jacila desde sua vinda do Rio de Janeiro para Joinville. A nossa escola quer transmitir para a comunidade e toda população que estará presente, através do nosso colorido, toda essa alegria em forma de história — cita Guilherme Felipe Tibúrcio, da Unidos pela Diversidade.
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Quer desfilar também?
Apesar de estarem se preparando para o Carnaval há algum tempo, as escolas de samba de Joinville ainda estão abertas para receber foliões interessados em desfilar na avenida. Para os interessados, basta procurar cada uma das escolas.
Além disso, no dia seguinte ao desfile, será a vez dos blocos de rua brincarem pela cidade. Juceli Fabrício Coutinho, o professor Pipo, participa do Coletivo de Blocos de rua e convidou as pessoas a montarem e inscreverem seus blocos. Para participar com um bloco próprio é necessário ter 20 pessoas. A inscrição é gratuita e pode ser feita pelo telefone (47) 99644-4540.
— Para quem ainda não sabe, nós tivemos no final do século 19 aqui em Joinville, a partir de 1865, as primeiras aparições culturais do Carnaval. Os blocos abriram essa cidade no primeiro desfile de Carnaval, em 1914, com seis carros alegóricos, já protestando os problemas e as alegrias de Joinville e essa cultura de bloco permanece até os dias de hoje. É um outro formato, vamos dizer assim, democrático, você do seu jeito, sem estar dividido em alas, sem estar dividido em grupos fantasiados — explica o professor Pipo.
Estrutura
Gabriel de Paula, presidente da Liga das Escolas de Samba de Joinville destaca que, além da parceria dos quatro grupos que desfilam na avenida e fazem o Carnaval de Joinville acontecer, o evento também conta com o apoio de outras entidades como a prefeitura da cidade, o Governo do Estado, por meio da Associação de Ligas do Estado de Santa Catarina.
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— O Carnaval está sendo construído há quatro anos, tudo o que nós teremos na avenida é o reflexo de todo esse trabalho. Agradeço aos presentes que estão aqui pela confiança, pelo trabalho. A gente sabe que não é fácil, mas a gente está aí na labuta e daqui a 19 dias, o joinvilense vai conhecer todo esse trabalho que foi feito — cita Gabriel.
Nas datas mais próximas ao evento, toda a estrutura que será fornecida à festa deverá ser divulgada, mas o presidente da Liga já adiantou que arquibancadas, iluminação e segurança deverão ser fornecidos pela prefeitura de Joinville, que nos anos anteriores apoiou o Carnaval com toda a estrutura necessária.
— É uma manifestação que nós precisamos afirmar e fazer com que as pessoas de Joinville afastem essa imagem de que o município não é uma cidade de carnaval. Joinville é sim uma cidade de carnaval, todos os anos nós colocamos na avenida essa afirmação com muita beleza, com brilho, com samba. A prefeitura vem trabalhando para que a gente [Joinville] seja uma cidade dos festivais e vem se consolidando como uma apoiadora desses eventos, especialmente fornecendo a infraestrutura. É assim que a gente também trabalha com o Carnaval — reforça o secretário de Cultura, Guilherme Gassenferth.
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