A esposa de um jogador do Brusque acusou um torcedor do time de assédio durante a partida deste domingo (27), que terminou com a classificação da equipe para a final do Campeonato Catarinense. Bruna Maciel, companheira do atacante Fernandinho, revelou o episódio nas redes sociais. Ela disse que o homem encostou na cintura dela.
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As informações são do ge.
O jogo entre o clube do Vale do Itajaí e o Concórdia, no estádio Augusto Bauer, aconteceu no domingo. Durante a disputa, Bruna afirmou ter sido assediada. Em entrevista ao ge, a mulher afirmou que o torcedor do Brusque encostou na cintura e permaneceu assim por um tempo. Após perceber que o ato não foi sem querer, ela pediu para o homem não encostar e, segundo ela, a partir deste momento, ele começou uma discussão.
– Ele me chamou de louca e disse que não encostou. Começou a gesticular com as mãos na minha cara.
Segundo Bruna, os torcedores que estavam próximos queriam brigar com o homem, mas ela interferiu e disse que iria conversar com os seguranças do estádio.
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– Fui até dois policiais para pedir ajuda. Eles foram conversar com o homem e deixei eles sozinhos para não chamar atenção. Enquanto isso, falei com os seguranças da porta da entrada principal e com outros seguranças do estádio, mas ninguém saiu do lugar. Foi aí que me desesperei e comecei a chorar e gritar. Pedi para os seguranças do vestiário chamarem o meu marido, mas não avisaram ele – afirmou.
De acordo com Bruna, o torcedor também a agrediu fisicamente com um arranhão no braço, mas ela só percebeu após a conversa com os seguranças.
Mais tarde, Bruna divulgou outro vídeo nas redes sociais afirmando que o marido, Fernandinho, não jogaria mais pelo Brusque até que o torcedor fosse punido.
O que diz o Brusque
O clube do Vale do Itajaí se pronunciou sobre o caso após a partida. Confira abaixo a nota:
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O Brusque informa que tomou conhecimento do ocorrido com a torcedora durante o jogo desta tarde, e está averiguando o acontecimento. Repudiamos qualquer ato de violência contra mulher.
O que diz a PM
Em contato com o ge, o tenente-coronel Otávio Manoel Ferreira Filho, do 18° Batalhão de Polícia Militar de Brusque, explicou que chegou a atender Bruna num segundo momento, logo após o término do jogo, e que ela estava muito nervosa e chorando.
– Ela me relatou que durante o jogo um torcedor que estava com uma camisa do Brusque, da cor preta, a agarrou, vindo ela a empurrá-lo, e alguns torcedores em volta intervir. Em seguida, ela desceu da arquibancada e foi solicitar ajuda de um policial, o qual a relatou que não podia fazer nada. Quando a atendi, ela possuía um pequeno arranhão num dos braços que, segundo ela, foi provocado pelo tal homem. Ao final da minha conversa com ela, ficou acertado que ela enviaria a imagem do homem para a PM visando identificá-lo e responsabilizá-lo por possível crime – disse.
A Polícia Militar de Brusque também se pronunciou por nota nesta segunda-feira. Confira abaixo:
Quanto ao fato envolvendo a esposa de um jogador do Brusque ontem durante a partida da semifinal do Campeonato Catarinense entre entre Brusque e Concórdia, a Policia Militar informa que em conversa com o cabo PM Igor, policial que atendeu ela no intervalo do jogo, este informou que quando procurado pela mulher, elarelatou sua versão do ocorrido, onde o policial propôs fazer um registro do fato, mas a mesma afirmou que “queria somente que colocasse o homem para fora do estádio”.
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Em seguida ambos, PM e a mulher, deslocaram até o homem, suposto agressor, a fim de ouvir a sua versão e assim definir o procedimento a ser tomado, momento que iniciou um bate-boca entre ambos, pois a mulher estava muito exaltada, vindo em seguida a tocar no ombro do policial e sair dizendo “só quero que coloque ele pra rua”, retornando para a arquibancada coberta.
O policial continuou indagando o homem sobre o ocorrido, lhe orientando que para não se incomodar e evitar maiores transtornos o recomendaria não mais retornar a arquibancada coberta, local onde estava a mulher. Em momento algum a mulher apontou ao policial algum tipo de lesão física sofrida. O policial também informou que conversou com um segurança e um bombeiro não militar, pessoas que estavam na arquibancada coberta e testemunhas oculares do ocorrido e que deram o primeiro atendimento ao contexto. Ambos relatarem ao policial que houve somente um esbarrão entre mulher e o homem no corredor da arquibancada coberta onde passaram a discutir, ocorrendo assim a intervenção das testemunhas visando resolver o possível desentendimento, momento que a mulher lhes pediu que o homem fosse retirado do estádio, contexto também não atendido por entenderem que não havia motivos para tal.
Já ao final do jogo, o tenente coronel Otávio, que também estava no policiamento, foi chamado para atender a mulher, pois ela estava em prantos, exaltada e indignada pela a suposta agressão sofrida e principalmente por não ter sido atendida (colocado o homem para fora do estádio), onde após acalmada relatou o ocorrido, alegando ter sido agarrada pelo homem, mostrando uma foto do mesmo no seu celular, onde o oficial lhe orientar a fazer um B.O. e passar a foto para este militar com a intenção de identificar, posteriormente, o homem possibilitando assim ela procurar seus direitos.
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