
Saúde
Empresa terceirizada que administra serviço do Samu admitiu que recebe em dia do Estado cerca de R$ 10,4 milhões por mês e, por isso, não atrasa salários dos funcionários
Em reunião realizada nesta segunda-feira (22) entre profissionais do Samu de Santa Catarina com a Secretaria do Estado de Saúde, a superintendência de Urgência e Emergência (SUE) negou atraso no pagamento a empresa OZZ Saúde. A questão salarial está entre os pedidos da categoria que levaram a uma greve de 15 dias em Joinville entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021, além de protestos em Florianópolis, Criciúma e Chapecó no mesmo período. A melhora nas condições de trabalho também foram discutidas.
> Quer receber notícias de Joinville e Norte de SC por WhatsApp? Clique aqui
O encontro durou três horas e contou com a presença das Superintendências de Urgência e Emergência (SUE), da Gestão Administrativa (SGA) da Secretaria de Estado da Saúde, OZZ Saúde, sindicato e Conselho Regional de Enfermagem de SC (Coren). A secretaria reforçou o compromisso com os profissionais do serviço e compreende suas manifestações em busca de direitos previstos em lei.
Além disso, o Estado destacou que paga o teto máximo de contrato para a empresa OZZ Saúde para a prestação de serviços, o que chegou a mais de R$ 125 milhões em 2020.
Mulher de 41 anos morre por Covid em casa nos braços de marido e filhos em Florianópolis
- Não existe atraso no pagamento e está sendo pago mensalmente o que a própria empresa manifestou na defesa de sua licitação. Isso pode ser conferido no Portal da Transparência - descreveu o Superintendente de Urgência e Emergência, coronel Diogo Bahia Losso.
A OZZ Saúde, por sua vez, admitiu que recebe em dia do Estado cerca de R$ 10,4 milhões por mês e, por isso, não atrasa salários dos colaboradores. Ressaltou que o Samu de SC é dos melhores do Brasil e que merece esse reconhecimento. Mas avalia que existe necessidade de um reequilíbrio financeiro.
Quanto ao déficit, o Estado cobrou que gestão e análise de longo prazo precisam ser avaliadas quando se busca uma licitação de um serviço como Samu, mas que analisará caso a caso.
Representantes de sindicatos e dos trabalhadores cobraram da prestadora o cumprimento da legislação e de seus direitos.
- O Samu não para porque fizemos o juramento de salvar vidas, mas precisamos de devolutivas - disse um dos profissionais.
A superintendência reconheceu seu papel na garantia do melhor aos seus servidores durante a reunião. Também apontou que está realizando fiscalizações e tem feito revisões específicas, quando necessárias.
- Estamos cobrando, notificando e penalizando o que observamos que não é compatível com as normas contratuais. Existe essa angústia trabalhista e ela é legítima. Não fomos e não seremos omissos. As respostas serão dadas o mais breve possível e uma nova reunião já foi marcada para daqui a 15 dias para refletir o andamento do processo - reforçou o Superintendente Losso.
Assine o NSC Total e tenha acesso ilimitado ao melhor conteúdo jornalístico de Santa Catarina
Deixe seu comentário: